S..., 09 de dezembro de 2018, em uma manhã estranha de um clima indeciso.
Queridos (as) mestres (as) do cênico, espero que estejam todos (as) com boa saúde (o máximo que posso deseja-lhes).
Não me vou demorar, serei breve.
Este é o meu adeus para vocês que participaram da estrada da minha vida apenas pelos motivos mais nefastos, desaguando assim nas baías mais profundas do fingimento, ingratidão e descompromisso. É chegada a hora de retirá-los (as) definitivamente dos meus pensamentos e reflexões sobre a negra alma humana.
Após esses anos de convivências, desconvivências, reaparecimentos e posteriores desaparecimentos, a verdade não tardou a aparecer, pela boca daqueles (as) que vocês menos imaginam. Pelo que pude apurar, seus (suas) algozes disseram-me, enfaticamente, que nossos relacionamentos (de naturezas variadas) foram mais um nome na lista, daquelas quantitativas, que é usada pela falta de algo mais interessante. Soube também das suas artes no campo da esperteza e de conseguirem feitos inimagináveis para suas limitadas capacidades simplesmente por fisgarem as pessoas certas. Parabenizo-os (as) por isso, pois a dissimulação não é mesmo para todos.
Bem... Espero que nossos caminhos nunca mais cruzem-se. Seria, para mim, muitíssimo desconfortável olhar seus rostinhos tão dóceis e angelicais (e enganadores tal como Satã). O que posso dizer é que, uma vez, depositei-lhes muita fé e que, agora, minha boa opinião foi perdida para sempre. Não há reparação.
E é desse modo que nossas vidas caminharão daqui para frente e, do fundo da minha alma, desejaria muito apagá-los (las) das minhas lembranças. Entretanto só posso enterrá-los (las) no fundo da minha mente e é exatamente isso que faço neste momento.
A única coisa que peço é que o destino trate de não nos reunir em outra vida.
Estou pegando o trem de volta para encontrar-me longe de todos (as) vocês, anunciadores (as) da desilusão, iconoclastas das boas intenções e semeadores (as) das ervas daninhas.
Até um breve inexistente.
Com todo o escárnio,
T.S. Frank