segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Participação no Prêmio TopBlog 2015!

Olá, queridos (as) leitores (as)!

O Prêmio Top Blog voltou e o CQ&Sherlock está participando mais uma vez!!!

No ano de 2013, o nosso querido blog ficou entre os 100 melhores do Brasil na categoria Arte e Cultura! 

O selo encontra-se ao lado, assim como mostra a figura abaixo.

Então, conto com seu voto!!!

Cafezinhos quentes e livros do Sherlock para todos!


T.S. Frank


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Livro da Semana - Histórias de Fadas (Textos Escolhidos) - Oscar Wilde

O livro que tenho é da: Editora Nova Fronteira
Volume 2 - Clássico da Literatura Universal
Ano: 2001
ISBN: 85-209-1225-7
Número de páginas: 48
Autor: Oscar Wilde (trad. Barbara Heliodora)
Programa: Literatura em Minha Casa/Ministério da Educação/FNDE/Biblioteca da Escola
Preço-faixa: Distribuição gratuita

Este é um daqueles livros pequenos, porém gigantesco em histórias sensíveis, tecidas cuidadosamente com a riqueza do bom gosto. Seu autor, o dândis Oscar Wilde, não é tão lembrado por esta obra (muitas vezes negligenciada ao extremo). Seu Dorian Gray permanentemente vaga intrínseco pela sua história e nome.

Histórias de Fadas (The Happy Prince and Other Tales/Maio de 1888) é capaz de exercer nos adultos e crianças a força da "moral da história" que fez das Fábulas de Esopo e La Fontaine referências nesse campo - alertar sobre os perigos e percalços da vida. É bom enfatizar que esses ensinamentos, também, são marcas registradas nos contos dos irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm) e nas preciosas histórias de Hans Christian Andersen.

As dores do amor e os sentimentos mais profundos (nem sempre com finais felizes) fazem-se presentes em alto grau na obra. Wilde usa a arte do sacrifício como ferramenta de descrição e apresenta narrativas cheias do elemento da ingratidão e não reconhecimento (a vida como ela é!). E de todas as passagens, a que mais dói, sem sombra de dúvida, é O Rouxinol e a Rosa.

O interessante é que Wilde não escreveu os contos com o intuito primário de ganhar o público infantil. As temáticas abordam conteúdos típicos da vida adulta, como os problemas de ordem moral, as tragédias modernas, o egoísmo, a insensibilidade, os vícios e as virtudes. Tudo isso com uma estética que prima, principalmente, pela suavidade e o aprumo.

Genial, crítico e amargo, ao mesmo tempo, educador e um baú de esperanças. Sim, um livro altamente recomendável.

Este mundo de agora, tão fútil, enjoadamente colorido, cheio de instantaneidade, não precisa ser apresentado nu e crú para a geração a ele pertencente. Para desfazê-lo, os pais precisam ensinar aos pequenos os valores de cada momento da vida: as dificuldades, o trabalho, a bondade, a vivacidade. Necessitam mostrar que cair e levantar fazem parte do processo de crescimento. E as histórias seculares infantis são um grande aliado nessa caminhada.

A leitura precisa sim ser requintada, fina e poética. E, além do talento dinamarquês e a irmandade alemã, Oscar Wilde brinda-nos com o que sabe fazer de melhor.

Se nós, os adultos, enxergamos isso, nossas crianças, como antigamente, aprenderão com os melhores e mais sábios mestres.

Contos

1- O Príncipe Feliz (The Happy Prince)
2 - O Gigante Egoísta (The Selfish Giant)
3 - O Amigo Dedicado (The Devoted Friend)
4 - O Rouxinol e a Rosa (The Nightingale and the Rose)

Curiosidades

Histórias de Fadas não é a única do gênero no cânone de Oscar Wilde. Em 1891 publicou a coletânea Uma Casa de Romãs (A House of Pomegranate) que segue a mesma linha da primeira obra. Infelizmente não há tradução em português.


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Tão lindo e triste... (a autora dá-se o direito de derramar uma lágrima pelo mais belo conto existente na literatura infanto-juvenil) - em inglês - O Rouxinol e a Rosa.




Fontes