Apolo em sua carruagem (1685) Óleo sobre tela Luca Giordano Museu de Belas Artes de Boston/EUA |
Tinha um rosto vívido,
Cabelos feitos de Sol
E olhos do Oceano.
Criou a primavera
E o outono acarvalhado
Deixou o inverno lacrimoso
E o verão de Cassiopéia.
Era um Deus do Olimpo,
Apolo em sangue e carne.
De um sorriso abrasador
E palavras reconfortantes.
Ainda lembro-te
Parado à porta
A fazer-se efígie
Imaculada e idolatrada.
Foste de outras,
Tantas outras.
E de mim
Apenas poesia.
Perdeu-se tua figura
Que era minha morada
Apagou-se tua face,
Farol de muitas caminhadas.
Findou-se a devoção,
Assim como meus sonhos
De insanos devaneios.
Vivo agora de lembranças
Daquele que nunca tive
E que não mais sei.
Sou migalhas de utopia
De uma ingrata vida
Que fez-me só solidão.
T.S. Frank
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Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!