sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012... De praxe...

É mais um ano que se vai. Conclusão imediata - Estou ficando velha (experimente estar numa turma de faculdade onde a maioria nasceu muito depois da queda do Muro de Berlin - I hate 90’s!).

Estou igual ao poema da Cecília Meirelles...

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração

que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?


Tudo bem... Ainda falta uma quantidade razoável para o ‘de repente trinta’. Contudo já estou em crise.

(Santo Antonio não foi legal esse ano - neeeeeeem um pouco!)

Os problemas não irão acabar de um dia para o outro - nem o Jack Bauer, Super Homem, Obama e a Fada Madrinha dariam jeito em tantos (quem sabe aguarrás).

Então, 2012 não será um recomeço - e sim apenas mais um prazo para dar cabo de todas as merdas, cafajestes e mal feitos do ano anterior.

E só.

Feliz ano novo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Happy Birthday, dear Little Jesus

Senhor Jesus,

É mais um ano... Sei que já são muitos, nem dá para contar nos dedinhos.

Eu sei que o Senhor fica muito triste pelos the mamas & the papas que ensinam que o Sr. Noel é mais importante. Só que como Vosmecê e sábio por demais, nem se preocupa tanto.

E, querido Je, as coisas não estão fáceis. E o mundo esta pior que Sodoma e Gomorra.

Ano passado eu disse que não gostava de Natal... Eu sei... Eu sei... Contudo é mais uma questão interior, cê sabe... E o Freud e o Jung...

Eu também não fui uma boa garota. Na verdade, em algumas situações, eu me comportei como aquele João Bobo que os guris traquinos chutam – maleável, idiota e chorona. Meu subconsciente xingou muitas pessoas, desejou que seus cabelos caíssem e espinhas nascessem em suas faces.

Não cumpri aquela primeira promessa, lembra? Só que eu andei conversando com umas amigas e elas escreveram-me no VEAA - Viciados em Alguém Anônimos - e já estou limpa há quase um mês. Estou tentando, viu, Jesuzinho...

Perdão, perdão, perdão.

Peço desculpas pelas coisas ruins que falei para algumas pessoas e desculpo aquelas que me falaram também.

Quero agradecer pela família (apesar da fragmentação), pela comida, pela casa (apesar de...), os amigos da faculdade, pela Física e pela Astronomia, o livro na Pior em Paris e Londres do George Orwell, os Beatles, o Queen, Dire Straits, Pink Floyd, New Order, Pet Shop Boys, Faith No More, Nat King Cole, Luar Na Lubre, John Denver, Creedence, The Mentalist, Fringe e o Sherlock BBC.

Obrigada por ter me dado aquela cola adesiva e por ter amenizado as minhas dores na coluna através da fisioterapia (infelizmente, elas voltaram mais fortes essa semana... Mas eu acho que pode ser TPM... Vai passar!).

Espero que o Senhor tenha um lindo niver, cheio de nuvens, docinhos, anjos, flautas e pessoas rezando por um mundo melhor.

Felicidades!

T.S. Frank

P.S.: dê aquele recado meu para Santo Antônio, eu não estou entendendo os sinais dele...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sherlock BBC volta em 1º de janeiro de 2012 - ALEGRAI-VOS!

Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeba! (T.S. Frank gritando!)

Que notícia tão boa essa que li no site do querido parceiro SNAIL TRAIL:

"A BBC declarou oficialmente que o primeiro episódio da segunda temporada da série “Sherlock”, “A Scandal in Belgravia” estreará, na BBC One, no domingo, dia 1º de Janeiro de 2012, às 20:10h! (O que nos indica que os próximos 2 episódios, em princípio, se seguirão no mesmo dia da semana, nas 2 semanas seguintes!)" (retirado de SNAIL TRAIL - Data de estreia da segunda temporada de Sherlock finalmente revelada!)


E o ano já vai começar super bem! Poxa vida! Contagem regressiva para SHERLOCK BBC - segunda temporada!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Recomendação musical especial - Luar Na Lubre



É com muito prazer que trago a vocês, queridos (as) leitores (as), um dos meus grupos musicais favoritos – Luar Na Lubre.

Luar Na Lubre é um grupo de folk galego, criado em Corunha (Coruña) em 1986. O nome vem do galego Luar - resplendor da lua – e Lubre – espécie de bosque sagrado para os celtas, onde seus rituais aconteciam.

(Entre linhas – folk galego é um gênero musical tradicional de uma das regiões da Espanha conhecida como Galiza (ou Galícia em espanhol). Pela Constituição Espanhola, ela é uma comunidade autônoma, ou seja, entidade territorial dotada de autonomia legislativa e competências executivas. Corunha é justamente a capital da Galiza e nela fica Santiago de Compostela (quem é leitor de Paulo Coelho e debruçou-se sobre O Diário de um Mago tem uma ideia geral) – lugar de peregrinação e atmosfera mística, onde acredita-se que os restos mortais do apóstolo Santiago foram levados. Possui uma das mais belas catedrais barrocas do mundo. Por lá, falam o galego – mais parecido com o português do que o próprio espanhol de hoje – que pode ser considerado uma evolução do galego-português - falado em Portugal e na Galiza na Idade Média, que originou o português de Portugal e o galego de hoje)

O Luar Na Lubre também tem raízes célticas, afinal, a Galiza, na Idade do Ferro, foi povoada pelos celtas.

É considerado o maior grupo de música folk galega (ou música celta da Galiza) e um dos grandes representantes do gênero celta. O grupo é dono de inúmeros prêmios, ótimas críticas e fama mundial.

Em 1992, Mike Oldfield – compositor e músico inglês, com influências que vão do rock a música étnica (ouça Tubular Bells/1973) – 'globalizou' o octeto quando fez sua própria versão de O Son do Ar (do álbum de 1988 do Luar Na Lubre – O Son do Ar). O rearranjo feito por Oldfield saiu no álbum de 1997 – Plenilunio – e foi disco de ouro.

Luar Na Lubre é espiritual, cultural, brisa suave, aconchego e harmonia. E, sem nenhuma parcialidade, digo a vocês, uma vez experimentado, é como alcançar o sétimo céu, ou melhor, a sensação de terminar, como muitos relatam – o caminho de Compostela.

Membros & Instrumentos (Atualizados - 2017)

Antía Ameixeiras

Belém Tajes  voz;
Xan Cerqueiro – flautas;
Xulio Varela – bouzouki (tradicional grego), trompa, tarrañola (tradicional galego) e pandeireta (tradicional espanhol – semelhante ao nosso pandeiro, só que menor);
Belém Tajes
Patxi Bermúdez – bodhran (tradicional irlandês – semelhante ao tamborim), tambor e djembê (tradicional africano);
Antía Ameixeiras – violino;
Bieito Romero – gaitas, concertina (acordeão diatônico) e sanfona;
Pedro Valero – guitarra acústica, elétrica e espanhola, bouzouki (tradicional grego) e baixo pedal (linha de baixo que permanece numa nota durante uma mudança harmônica);
Xavier Ferreiro – percussão latina e efeitos.

Membros anteriores

Ana Espinosa – voz (1986-1996)
Rosa Cedrón – voz e violão celo (1996 – 2005)
Sara Louraço – voz (2005 – 2011)
Eduardo Coma – violino (1998-2016)
Paula Rey – voz (2012-2017)

Discografia (Atualizada - 2017)

O Son do Ar (voz: Ana Espinosa) – 1988
Beira Atlántica (voz: Ana Espinosa) – 1990
Ara Solis (voz: Ana Espinosa) – 1993
Plenilunio (voz: Rosa Cedrón) – 1997 (disco de ouro)
Cabo do Mundo (voz: Rosa Cedrón) – 1999 (disco de ouro)
XV Aniversario (voz: Rosa Cedrón + convidados) – 2001
Espiral (voz: Rosa Cedrón) – 2002
Hai un Paraíso (voz: Rosa Cedrón) – 2004
Saudade (voz: Sara Louraço) – 2005
Camiños da Fin da Terra (voz: Sara Louraço) – 2007
Ao Vivo (voz: Sara Louraço + convidados) – 2009 (2CDs + DVD)
Solsticio (voz: Sara Louraço) – 2010
Mar Maior (voz: Paula Rey) – 2012
Sons da Lubre nas Noites de Luar (misto: todas as vocalistas anteriores + convidados) – 2012 (3CDs + DVD)
Torre de Breoghán  A Luz dos Milésians – com a Orquestra Sinfónica de Galicia (voz: Paula Rey) – 2014 (2CDs + DVD)
Extra:Mundi – (voz: Paula Rey) – 2015
XXX Aniversario – Selección Especial de Temas – (misto: todas as vocalistas anteriores + convidados e novos arranjos para algumas músicas anteriores) – 2016 (2CDs)

Longa metragem

Un Bosque de Musica – 2004 – dirigido por Ignacio Vilar

Lista por T.S. Frank

Separei 10 músicas para você conhecer melhor o trabalho deste fantástico grupo.

1. O Son do Ar (vídeo aqui)
2. Roi Xordo (vídeo aqui)
3. Romeiro ao Lonxe (Sara Louraço & Diana Navarro) (Scarborough Fair) (vídeo aqui)
4. Galaecia (vídeo aqui)
5. Chove en Santiago (Rosa Cedrón) (vídeo aqui)
6. Costa da Morte (vídeo aqui)
7. Cantigas de Alfonso X (Rosa Cedrón no Celo) (vídeo aqui)
8. Canto de Andar (Sara Louraço) (vídeo aqui)
9. A Carolina (Schiarazulla Marazulla) (Paula Rey) (vídeo aqui)
10. Memoria da Noite (Rosa Cedrón) (vídeo aqui)

Adicionais (2014)

11. Sereas  (vídeo aqui)
12. Son das Augas (Sara Louraço no teclado) (vídeo aqui)
13. Cantiga do Neno da Tenda (Sara Louraço) (vídeo aqui)
14. Vía Láctea (vídeo aqui)
15. Santa María Loei (Paula Rey) (vídeo aqui)
16. Les Set Gotxs (Paula Rey) (vídeo aqui)

Adicionais (2015)

16. La Molinera (Paula Rey)



Adicionais (2016)

17. Dun Tempo Para Sempre - Nuevo Arreglo (part. Irene Cerqueiro)



Fontes:

Luar Na Lubre - Wikipédia Galega 
Luar Na Lubre - Wikipédia Espanhola
Site oficial do Luar Na Lubre

Conhecer mais do Luar Na Lubre e da Cultura Galega?

Facebook Luar Na Lubre
Canal Youtube Luar Na Lubre
Rádio Galega - Direto de Santiago de Compostela 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Tracklist da semana - Hoje é dia de OLDIES, bebê!

E lá vamos nós (plagiando descaradamente o Pica-Pau...)! Mais uma categoria cafeinada - cool, dance & relax.

Separe uma coca beeeeeeem gelada, umas guloseimas e back to basics!


1 - Peggy Sue - Buddy Holly (vídeo aqui)
2 - Surfin' Safari - The Beach Boys (vídeo aqui)
3 - La Bamba - Ritchie Valens (vídeo aqui)
4 - Johnny B. Goode - Chuck Berry (vídeo aqui)
5 - Rock Around the Clock - Bill Haley & His Comets (vídeo aqui)
6 - Rubber Ball - Bobby Vee (vídeo aqui)
7 - Return to Sender - Elvis Presley (vídeo aqui)
8 - Do You Wanna Dance? - Johnny Rivers (vídeo aqui)
9 - Blue Moon - The Marcels (vídeo aqui)
10 - Sh-Boom - The Chords (vídeo aqui) (vídeo aqui)


Informações:

1. Peggy Sue – Escrita por Buddy Holly, Jerry Alisson, Norman Petty. Foi gravada por Buddy Holly em 1957. É a #194 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.

2. Surfin’ Safari – Escrita por Brian Wilson para os Beach Boys. Gravada pelos Beach Boys em 1963. Foi a #3 na U.S. Billboard Hot 100 em 1963.

3. La Bamba – É, originalmente, uma canção folk mexicana. Foi adaptada por Ritchie Valens em 1958 e gravada por ele em 1958. É a #345 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os tempos.

4. Johnny B. Goode – Escrita por Chuck Berry e gravada por ele em 1958. Pela Q Magazine, é a #42 na lista As 100 maiores Guitar Tracks; pela Rolling Stones, é a #1 na lista As 100 Maiores Canções de Guitarra de Todos os Tempos; pela Guitar World, é a #12 na lista Os 100 Maiores Solos de Guitarra de Todos os Tempos.

5. Rock Around the Clock – Escrita por Max C. Freedman e James E. Myers. Foi gravada por Billy Halley & His Comets em 1954. É a #158 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.

6. Rubber Ball – Escrita por Orlowski e Aaron Schroeder. Gravada entre 1960 e 1961 por Bobby Vee. Foi a #6 na Billboard Chats em 1961.

7. Return to Sender - Escrito por Winfield Scott e Otis Blackwell. Gravada por Elvis Presley em 1962. É parte da trilha sonora do filme Girls! Girls! Girls!. Foi #1 nos charts ingleses e #2 na American Billboard Singles Charts.

8. Do You Wanna Dance? - Escrita por Bobby Freeman em 1965. Já foi gravada até pelos Beach Boys. Mas para nós, brazucas, a eterna mesmo é a versão do Johnny Rivers para o álbum Changes de 1966.

9. Blue Moon - Escrita por Richard Rodgers e Lorenz Hart em 1934. Foi gravada até pelo Elvis. Só que ficou conhecida com o grupo de Doo-Wop The Marcels, em 1961.

10. Sh-Boom – Escrita por James Keyes, Claude Feaster & Carl Feaster, Floyd F. McRae e James Edwards em 1954. Gravada pelos The Chords (e também pelo The Crew-Cuts) em 1954. É a #215 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.


Fonte:

Wikipédia em inglês sobre cada música.


Quer saber mais de Oldies aqui no CQ&Sherlock? Então leia:

Recomendação Musical - The Ventures
Glenn Miller
Devil or Angel?
Tracklist da semana - Via Spotify - Hoje é dia de OLDIES, bebê! Part. II





sábado, 3 de dezembro de 2011

Tempo perdido...

Preocupou-me o fato de olhar para um chocolate e não ter a mínima vontade de comê-lo. Não consegui mover sequer o ‘baby finger’, hoje, pela manhã.

Inerte, na cama, desejei apenas acordar em outra realidade – sem identidade, sem passado... Pronta para recomeçar.

Depois de algumas décadas, acumulei muitas lembranças destrutivas – acontecimentos infantis que serão carregados como uma ancora.

Uma vez falei sobre bullying, porém essa postagem se foi. Não vou estender-me. É apenas para constatar que não importa – quando alguém sofreu esse tipo de violência por anos (numa época em que isso era apenas perseguição boba de criança), os sofrimentos da vida adulta – dificuldades, busca por sonhos, desesperança – puxarão as marcas do passado.

Outro dia, consegui, finalmente, falar sobre o assunto de um modo aberto – sem pudores ou vergonha. Ela, muito cordial e simpática, compreendeu muito do que eu disse. E, sinceramente, não há nada mais reconfortante do que desabafar sobre algo que machucou tanto e não receber aquela expressão facial: ‘mas do que diabos cê está falando?’

Só que neste momento da minha vida – tão delicado, incerto, frágil... – conversar não é suficiente. E as soluções são a longo prazo... E o cotidiano é pesado e assustador.

Massacra-me imaginar como seria a minha vida se tudo isso não tivesse acontecido, ou pensar se, no decorrer da infância, eu tivesse tido outras oportunidades – cidades grandes, escolas maiores, vizinhos legais, cerquinhas brancas, tulipas no jardim...

Eu sei que estou presa, presa a mim mesma... Intoxicada.

Gostaria de estar no litoral, sentada na areia e esquecer... Longe desse lugar, longe dessas pessoas... Longe do submundo... Longe do peso da minha própria alma.

E essas lembranças vieram à tona por causa de um certo alguém... Cujo a vida desejei – perfeitinha, redondinha, feliz... E, mais uma vez, acreditei em suas palavras... E foi como esperar um navio que nunca chegaria.

Preciso perdoá-lo... Apesar de tudo... Libertar-me...

Todavia, enquanto as sombras ainda recobrem, as nuvens prenunciam ainda mais chuva.

Deixo para vocês, queridos (as) leitores (as), uma das músicas que mais gosto de um grupo que eu amo - New Order - Regret - e diz muito sobre esse dia...

"Eu gostaria de um lugar que eu pudesse chamar de meu...
Ter uma conversa no telefone...
Acordar diariamente já seria um começo
Eu não reclamaria do meu coração ferido..." (Trecho de Regret, New Order, 1993)
jj

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aniversários...


E, nesse dia, olhar-se no espelho tem um significado - a face não é a mesma de um ano antes e não será a de um ano depois...

Até aqui, muitos erros, poucos acertos, pessoas, amores, desamores... Paciência esgotada e recuperada.

Aniversário, para alguns, é alegria, celebração... Para outros, apenas a constatação da velhice, da solidão...

Tanto faz, é só mais um ano...

Prefiro desaniversários

... Melhor um conto de fadas do que a realidade.




E para alegrar um pouquinho só... Happy Birthday na voz...


 ... dos Beatles



... do Querido Elvis



... E orquestrado pelos Muppets

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O gnomo viajante...

Bem... Chegando o final de semana, muita coisa para estudar e diversão que é bom? Só os episódios de The Mentalist e Fringe. E aproveitando o momento, ontem, lembrei de um gnomo de jardim sortudo que, sendo de outro nível, viajou os quatro cantos do mundo, provavelmente dentro da mochila de algum fã de carteirinha rico de Amélie Poulain.

Eis a história do intrépido Murphy...


Murphy habitava o jardim de uma simpática senhora inglesa chamada Eve Stuart-Kelso. Ele era um pacato gnomo que, como todos os outros de sua linhagem, não almejava outra vida senão essa de 'enfeite de jardim de senhorinhas'.

Um belo dia, Murphy desaparece. Ah! Poderia ser qualquer coisa, afinal, esses seres fofinhos não estão livres das traquinagens de 'crianças angelicais'. 

Sendo assim, apesar da grande estima, o jeito foi substituí-lo por um de R$ 1,99...

Surpreendente, alguns meses depois, 'o mini, mini' estava de volta ao lar - todo acabado, porém feliz. E como num bom livro de Júlio Verne, ele deu a volta ao mundo - passando por Nova Zelândia, Austrália, Singapura, Tailândia, Vietnã, China e Hong Kong. Para comprovar, trouxe 48 fotos nas mais supreendentes situações (para um gnomo, claro!): um gostoso mergulho no mar, pilotando uma moto à la Easy Rider, tirando onda na boca de um tubarão e descendo uma montanha em alta velocidade. 

Hoje, passados mais de 3 anos, Murphy conta essa história para todos os gnomozinhos e admiradores de gnomos: - Se eu consegui sair desse jardim e dar a volta ao mundo, você também conseguirá!


P.S: Queridos (as) leitores (as), apesar desse texto parecer mais com um conto da carochinha, pasmem! É tudo verdade! Você pode conferir a matéria clicando no G1 e ver as fotos no Telegraph.

Música de viagem - Men At Work - Down Under



E... Por sugesão do querido Paulo Cheng, eis a música do Pink Floyd - The Gnome (um gnomo bem LSD, diga-se de passagem!)



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tarde triste de novembro...

Hoje, dia quente, taciturno. Cheio de equações que mostram-me o árduo caminho - ecos da soberba, da solidão, do deslocamento e, por que não, dos muitos erros.

Pensei no tempo gasto, nos presentes engavetados e na alegria desprendida em vão.

De repente, lampejos de excitação flutuaram ao receber uma ligação. Aquela voz, na madrugada, durante quase uma hora, poderia estender-se infinitamente.

Contudo a realidade puxa-me para este mundo, onde essa mesma voz força-me a lembrar dos desejos não realizados, da indiferença e das diferenças.

Não há como esquecer as lágrimas, o descaso... O amor tímido professado em curtas e medrosas palavras e desacreditado sem piedade e sem requinte. Tu insistes em permear meus sonhos! Tu, criatura dos meus íntimos devaneios, objeto cobiçado, quebra meu coração todos os dias...

Tua voz ecoa em mim - rasga, dilacera, penetra.

E se um dia fosse-me dado, desses que parecem utópicos, não haveria palavras. Só um sinfonia branda, um filme em preto e branco e a espuma do mar - e tu estarias ao meu lado, na versão gentil que eu, discípula de Pigmaleão, construí para meu bel prazer.

One Republic - Apologize

sábado, 12 de novembro de 2011

Recomendação de uma música - Pet Shop Boys - I'm Not Scared - 1988

Escrita por Pet Shop Boys - Neil Tennant e Chris Lowe
Lançada no álbum Instrospective/1988
Faixa 04

I'm Not Scared
#Não estou com medo#

Your life's a mystery, mine is an open book
Sua vida é um mistério, a minha é um livro aberto
If I could read your mind, I think I'd take a look
Se eu pudesse ler sua mente, acho que daria uma olhada

I don't care,
Não me importo,
Baby, I'm not scared
Amor, não estou com medo

What have you got to fight? What do you need to prove?
O que você tem para lutar? O que você precisa provar?
You're always telling lies, and that's the only truth
Você está sempre contando mentiras, e essa é a única verdade

I don't care,
Não me importo,
Baby, I'm not scared
Amor, não estou com medo

Tonight the streets are full of actors
Hoje à noite as ruas estão cheias de atores
I don't know why
Eu não sei porquê
Oh, take these dogs away from me
Oh, leve estes cães para longe de mim
Before they, they bite
Antes que eles, eles mordam

What have you got to say of shadows in your past?
O que você tem a dizer das sombras em teu passado?
I thought that, if you paid, you'd keep them off our backs
Achei que, se você pagasse, as tiraria das nossas costas

But... I don't care,
Mas não me importo,
Baby, I'm not scared
Amor, não estou com medo

What have you got to hide? Who will it compromise?
O que você tem a esconder? Quem isso comprometerá?
Where do we have to be, so I can laugh and you'll be free?
Onde temos de estar, para eu poder rir e você se libertar?

I'd go anywhere, baby
Eu iria a qualquer lugar, amor
I don't care,
Não me importo,
I'm not scared
Eu não estou com medo

I don't care,
Não me importo,
Baby, I'm not scared
Amor, eu não estou com medo

Tonight the streets are full of actors
Hoje à noite as ruas estão cheias de atores
I don't know why
Eu não sei por quê
Oh, take these dogs away from me
Oh, leve estes cães para longe de mim
Before they, they bite
Antes que eles, eles mordam

Tonight I fought and made my mind up
Hoje à noite lutei e tomei uma decisão
I know it's right
Sei que ela é certa
I know these dogs still snap around me
Sei que estes cães, a nossa volta, ainda tentam morder
But I can, I can fight
Mas consigo, consigo lutar

If I was you, if I was you
Se eu fosse você, se eu fosse você
I wouldn't treat me the way you do
Não me trataria do jeito que você trata
If I was you, if I was you
Se eu fosse você, se eu fosse você
I wouldn't treat me the way you do - you
Não me trataria do jeito que você trata - você

If I was you, if I was you
Se eu fosse você, se eu fosse você
I wouldn't treat me the way you do
Não me trataria do jeito que você trata
If I was you, if I was you
Se eu fosse você, se eu fosse você
I wouldn't treat me the way you do - you
Não me trataria do jeito que você trata - você

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um anjo...

... Adentrou, naquela sala, um pequeno raio de luz. E iluminou, suavemente, meus olhos com um sorriso devastador.

Um jeito intrépido e brilhante. E isso fez-me pensar que, mesmo na mais intensa penumbra, brisas suaves tocam as nossas faces, pobres andarilhos da dor.

E eu senti a mais notável vivacidade.

Não há muito a dizer e há coisas que não devem ser ditas, bem sabia Drummond.

E o jovem, de expressão branda e olhar miudinho, cheio de números e nomes, é o retrato vivo do misticismo - seria ele um pequeno diamante? Ou é fruto da minha própria imaginação, ávida por uma boa história?

De qualquer maneira, não importa, a clárida criatura, tão misteriosa, fica martelando na minha cabeça, como uma equação insolúvel, como um doce segredo. E, talvez, eu devesse acreditar na minha intuição.

E, ao cair da noite, os anjos dormem... E lá foi-se ele... À procura de uma nuvem.

Baden Powell - Naquele Tempo

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dark Side Of Moon - Morte - Ruslana Korshunova

Eu nunca vi rosto tão bonito.

Li, uma vez, em uma revista - 'ela parecia algo saído de um conto de fadas'.

E assim era.

E, um dia, o fim trágico chegou.

A beleza, o glamour e a riqueza não significavam nada.

Ela disse:

- Estou tão perdida... Será que eu ainda vou me encontrar?

E The Great Gig In The Sky tocou.



Informações:

Ruslana Sergeevna Korshunova (1987-2008) foi uma modelo cazaquistanesa. Cometeu suicídio jogando-se de um prédio em Manhattan/EUA.

Caro (a) leitor (a), você poderá se interessar, também, pelas postagens da mesma linha:

Dark Side Of Moon - Loucura - Van Gogh, A Noite Estrelada, A Orelha, Rodka e eu...
Dark Side Of Moon - Tempo - Einstein, A Relatividade, A Velhice e Meus 27 anos...

A ponte


Pedras frias, caminho escuro...
Contudo, algumas vezes, é diferente.
A ponte pode ser iluminada por gotas douradas do sol.
Depende dos olhos e da vida,
Término, começo ou renascimento.

Lá ao longe, as jangadas balançam suavemente...
São vermelhas - como em um sonho calmo.
E através da janela,
Um vislumbre - uma vida esfuziante,
Repleta de uma paz de cinco minutos.

A ponte, um caminho sem volta.
A ponte, reflexo da dor e do desespero.
Quantos se foram, estampando, vulgarmente, as páginas
dos jornais de quinta.

Ela não precisa ser real.
Todo dia, morre-se um pouco,
Na própria ponte da alma,
Destruída e sem vontade
De ver o amanhecer
Por entre aquelas jangadas.
Numa paz de cinco minutos
Que os outros têm
Como cotidiano.

T.S. Frank

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Da perda dos sentimentos...

Frio... Porão frio, a velha sensação de abandono. Porém, em algum lugar do mundo, há aquele campo verde, com montanhas ainda mais verdes, ao som de violinos. Onde o sol incide no rosto com a mesma doçura de uma gota de orvalho que roça a folha da manhã.

Tristeza está fora de moda - ficou na década de 40. Nada romântica e sim doentia, ou sem sentido. Tanto faz. Dessa maneira, vão recomedar-lhe um livro de auto-ajuda, ou, na melhor das hipóteses, algum psquiatra vai receitar-lhe algum remédios tarja preta.

Ninguém mais suspira e faz longos discursos à respeito da decadência humana, da falta de sentimento e do vazio existencial. Simples! Não há tempo, é chato e, com tantas possibilidades, você precisa ser coerente, colorido e ter muita energia  - Be Happy!

Diante desse quadro devastador, bate aquela velha tristeza profunda, que nem no poema do Quintaninha:

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

(Mario Quintana. A Cor do Invisível - 1989)

Essas palavras flutuaram na minha cabeça, após o almoço. Fiquei horas jogada no banco da faculdade, pensando no meu próprio vazio e nesse tempo que põe e tira a esperança com a regularidade de um Pulsar. Pensei na beleza das equações que andam a correr do meu entendimento, do descontentamento e da vontade apenas... quem sabe... não, não...

Alguns chamam Mario de 'o poeta da dor'. Algumas vezes, ele me pareceu muito mais meigo e gentil do que triste, com aquela veia solitária, dos que, de alguma forma, transformam essa dor em palavras saborosas.

Eu estou junto à correnteza, olhando o que acontece. Não consigo ter mais envolvimento e alegria.

Sinto um pouco de vergonha por tudo isso, ou seria culpa? É desconcertante ser 'boring' e so 'boring'.

Se pudesse, durante 1 ano, procuraria uma razão, em algum lugar, quem sabe no Chile, lá em Frutillar, ou na terrinha meiga da Galícia.

Eu sei que existem mais pessoas em busca dessa própria razão de ser. Quantas, nesse exato momento, não estão, como eu, a contemplar o horizonte com o olhar perdido.

E de onde elas vêm? Bem sei que ouviram Eleanor Rigby muitas vezes.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mataram o Rock In Rio - Edição de 2011 é uma VERGONHA ALHEIA!

ATENÇÃO: o texto contém palavras de baixo calão.


Eu poderia escrever bilhões de coisas, xingar o filho da PUTA (ou melhor, a filha...) que escalou tanta porcaria e jogou o nome do prestigiado Rock In Rio na sarjeta.

Tirando as bandas de Heavy Metal (com o Metallica, Motörhead e cia.), o bom e velho Hard Rock (com Red Hot Chili Peppers), alguns poucos e tradicionais representantes da MPB, o grande Elton John, e o melhor show do rock in rio - o super Stevie Wonder (salve!),  o resto não serve nem para piada de domingo.

Eu fiquei extremamente chateada ao ler uma deprimente matéria na Folha de São Paulo (link famigerado aqui.), de um jornalistazinho mequetrefe, falando que o show do meu querido SIR foi frio. Puta Que Pariu... Para o raio que o parta! Pois a plateia de 'aborrecentes acéfalos' (a maioria... Há sempre exceções!), admiradores da cantora Rihanna (nada contra a moça!), é que foi responsável por tal.

Como eu odeio essa geração, My Godness! E essa DROGA de 'POP IN RIO' me deixou com urticária!

Ecccaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

E viva ao GOOD e OLD Rock de VERDADE!!! 444eveeeer!



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Jack Lemmon, café e madrugadas...



São 02:07 da madru e estou visualizando uma cidade calma e uma brisa suave passa pelo meu rosto. E se você olhasse-me ao longe, pensaria sobre uma 'gata parda no teto de zinco'. Tenho uma caneca na mão e devaneios flutuam. Contudo fugirei do assunto 'velha roupa colorida'.

Que tal café e um pouco de Jack Lemmon?

Boas lembranças, pois elas remetem-me a um dia gostoso, assistindo Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot/1959) e a briga para assisti-lo dublado. Porém, no final da contas, risadas ecoaram no ar - um dia memorável que, talvez, nunca mais aconteça.

John Uhler Lemmon III, um nome nobre para alguém ainda mais nobre, não apenas no sentindo filosófico, como também financeiro - de uma família rica, frequentou boas escolas e obteve uma graduação em Ciências Políticas em  Harvard.

Eu poderia falar e falar sobre os vários trabalhos dessa imensa filmografia e das indicações ao Oscar (aquela cena em que ele ganha, finalmente, o prêmio por Sonhos do Passado - Save The Tiger/1973 - é como a final de uma Copa do Mundo). Só que vou atentar-me a três obras - duas parcerias com Billy Wilder e uma com James Bridges (faltando ainda a parceria com um diretor que amo, Black Edwards, conhecido pelo gênero da 'comédia pastelão', que, entretanto, dirigiu Jack em um drama chamado Vício Maldito - Days Of The Wine And Roses/1962.)

Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot/1959) é imensamente sabororo. Com Lemmon e Curtis vestidos de mulher e a Marilyn (musa total!) na melhor fase. Um trio espetacular e um diretor primoroso - uma obra prima que deve ser vista e explorada.


Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/1960) é um amor. Jack e Shirley (linda de viver!) formam um par fofo. Quase todos os dias, vejo uma cena. Minha frase favorita - I love you, Miss Kubelik... Did you hear what I say, Miss Kubelik? I absolutly adore you... (Eu amo você, senhorita Kubelik...Você escutou o que eu disse, senhorita Kubelik? Eu estou completamente apaixonado por você...).


Síndrome da China (The China Syndrome/1979) é o tipo de filme que não envelhece. Lá estão todas as ameaças de uma usina nuclear, quando somente os interesses financeiros contam - não importa o custo. Ótimas atuações de Jane Fonda, Michael Douglas e, óbvio, Lemmon. Basta lembrar de Fukushima, e você entenderá.

Lemmon foi-se em 2001.

Sua simpatia e talento continuarão... Uma estrela fulgurante!