terça-feira, 30 de novembro de 2010

Nunca abandone o Sol (Never Leave The Sun)

Dando uma parada nas histórias da Ela, eu fiquei pensando em outros acontecimentos - a vida real. Nesse exato momento eu não me importaria se viessem e levassem-me para um clínica de repouso, como naquele filme On The Edge (com o Cillian Murphy).

Minha mente está confusa, meu estômago dói, estou inquieta... Quase estou suplicando por um sonífero de duração 24 horas.

O Café anda sem postagens e essas quando saem, saem assim... tristes, melancólicas... Pergunto-me se os leitores realmente merecem isso...

Estou sem inspiração. A vida não anda lá muito M&M's... Nunca esteve.

Dizem que as coisas melhoram com o tempo. Só se for para a realidade alternativa. E se a viagem até ela não causar estragos em outras vidas, então - levem-me, levem-me!

Estou com uma certa toxidade presente. Divirto-me mais imaginando como é "viver de cara para o vento"... Ou ficar pensando naquela praia de águas verdes e nuvens cinzas... E um arco-íris.

Eu terei que deixar muitos assuntos de lado, dar o famoso "tempo". Não do Café, lógico (uma hora alguma postagem boa virá.), porém de pontos, projetos e sentimentos que eu gostaria muito que simplesmente acontecessem na minha vida de um modo bom, sem nada lynchiano. Todavia elas insistem em não fluir, ou colocam em chegue minha própria sanidade mental. Esses turbilhões de incertezas, de sacrifícios sem propósito, de gosto amargo e agonia terão uma pausa até que alguma luz faça-se presente.

Esse meu bocejar ao menos prenuncia sono... Coisa que preciso ainda mais - dormir!

De todos os que colocarei na balança, dois eu gostaria muito que dessem certo. Ambos não dependem de mim e todos os sacrifícios que já fiz pelos mesmos só trouxeram-me uma única certeza - a absoluta incerteza.

Nunca abandone o Sol... Eu não gostaria... Contudo sua luz anda cada vez mais distante da minha face.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mini capítulo II - O nascer do Sol - A viagem de trem

No trem, ela pensou em todas as coisas pelas quais já passara. Ninguém entendia e nunca iria entender tanto pesar em um jovem coração.

Enquanto o trem seguia, e as luzes afastavam-se, lembrou daqueles lábios macios e tentou esquecê-los em vão. Estavam grudados, inseridos e absorvidos.

Só queria chegar ao novo destino - o mais longe que aquele trem pudesse levá-la.

"Como num turbilhão insano." - eram as cenas que voltavam - uma alegria era capaz de diminuir o mal-estar causado pelas dores, porém, se essa torna-se uma melancólica desilusão, todas as tristezas ganham mais força e tomam conta da alma como uma terrível doença.

Olhou para os outros passageiros - cada um tinha uma história, uma vida, felicidade e tristezas. Entretanto, todos sorriam e esses sorrisos ecoavam pelos vagões. Deixando a impressão de que aqueles atos desprendidos nunca fariam parte de sua vida.

O trem continuava. O sono logo chegaria trazendo os pesadelos. E aquela face voltaria. A mesma que plantou a loucura da eterna dúvida em sua mente.

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Mini capítulo I - O nascer do Sol - Em busca da esperança

Continuação


Mini capítulo III - O nascer do Sol - A chegada ao destino incerto



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mini capítulo I - O nascer do Sol - Em busca da esperança

No anseio de ver os saborosos e magníficos devaneios de seu mundo particular um dia tornarem-se realidade, ela olhou o bilhete de viagem. Era um dia frio e nenhuma estrela fazia-se presente. Toda a tristeza do mundo estava ali, diante de seus olhos - na mobília, no telefone mudo, nos quadros cinzas, no quarto onde reinava o silêncio.

Sua mais recente decepção tirou-lhe o brilho intenso de vida. Restaram apenas as lágrimas que varriam a face e desciam até encontrar o chão.

"A vida devia ser mais prática. Por que não ser uma sociopata funcional?". Todavia ninguém escolhe ser assim. A linha da nossa existência determina o quão bobos seremos.

Arrumou as malas e deu uma última e rápida olhada ao redor. Ou a vida fazia sentido agora, ou ela iria esvair-se como um perfume cujo o frasco foi aberto.

"Estúpida!", pensou, "Por que acreditar?". E pegou o trem. Nada podia segurá-la, nem mesmo aquele sentimento de vazio e culpa.

A viagem era longa. Havia muito o que pensar ainda.

E na janela do trem eram refletidos os últimos olhares da desilusão.

Continuações

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Recomendação Musical - Todo o ritmo de Al Green

Al Green é um grande nome da Soul Music.

Nasceu em 1946, nos EUA.

Suas canções são cheias de sensualidade, de ginga, gostosas de ouvir e de dançar.

Al Green passou da música Soul para a Gospel e virou pastor. Voltou, em 2008, com Lay It Down, um dos melhores álbuns do ano.

O CQ & Sherlock RECOMENDA Al Green. Escute e divirta-se!

Al Green - Tired Of Being Alone