Eu tinha muitos planos. Agora? Eu tenho apenas um... Mas as coisas andam um tanto difíceis. Cá pra nós? Eu também estou pisando em muitas jacas.
Não devia ter destruído aquele dinheiro todo. Se eu o tivesse aqui comigo, estaria, agora, matriculada em uma certa Universidade Federal e em um certo curso de Física. Todavia assim não foi.
Perdi cursinho hoje. Pior? Escutei alguns sermões. Bravo! Bravíssimo! Que dia belo!
Estou esperando por Warehouse 13. Enquanto isso, escrevo essas linhas.
Eu ainda sou aquela música dos Beatles. Por que não mudar meu nome para Eleanor Rigby?
Minha vida é um filme em preto e branco e provincial. Ela tem aquelas caras tristes, aquela melancolia e aquele nevoeiro...
Não há mais príncipe azul, nem branco, nem marrom. O meio termo sequer diz "oi"!
Eu falhei. Não devia ter dado um coração esmigalhado assim de bandeja. "O horror, o horror..." Será que ao menos leste isto, ingrato? Ou ele continua embrulhado, com aquela fita vermelha, num canto qualquer de uma estante qualquer? Ou teve destino ainda mais trágico?
Na madrugada é mais fácil remoer as dores. Ela é dos boêmios, dos solitários, dos esquisitos, sonhadores e abandonados. É uma safra de sofrimento todos os dias.
Imagino que, daqui a algumas horas, estarei com os olhos cegos pela luz da manhã, arrastando-me como uma serpente até ao banheiro, tentando viver. Tomarei um xícara de café quente, verei aquelas pessoas vulgares em seus mundos pequenos e mesquinhos.
Será mais um daqueles dias em que eu não posso dormir até tarde. Se assim fizer, sofrerei sanções e verei-me obrigada a arranjar um medíocre emprego em um nefasto escritório contábil.
Que o escuro faça-se com os feixes prateados da lua. É meu conforto - a noite é minha amiga e a madrugada é o meu confessionário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!