terça-feira, 11 de outubro de 2011

A ponte


Pedras frias, caminho escuro...
Contudo, algumas vezes, é diferente.
A ponte pode ser iluminada por gotas douradas do sol.
Depende dos olhos e da vida,
Término, começo ou renascimento.

Lá ao longe, as jangadas balançam suavemente...
São vermelhas - como em um sonho calmo.
E através da janela,
Um vislumbre - uma vida esfuziante,
Repleta de uma paz de cinco minutos.

A ponte, um caminho sem volta.
A ponte, reflexo da dor e do desespero.
Quantos se foram, estampando, vulgarmente, as páginas
dos jornais de quinta.

Ela não precisa ser real.
Todo dia, morre-se um pouco,
Na própria ponte da alma,
Destruída e sem vontade
De ver o amanhecer
Por entre aquelas jangadas.
Numa paz de cinco minutos
Que os outros têm
Como cotidiano.

T.S. Frank

3 comentários:

  1. Puxa muito bom esse texto, e a foto ficou maravilhosa! Parabens menina!

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  2. Miga!
    Lindo poema!
    As pontes que nos ligam a nada, às vezes ao nosso tudo do pouco que temos, e nos resta, sobra,... pela vida, assim... ligando, ou não, sobrando...

    Beijinhos e te cuida! :)

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  3. The Dorian Gray......


    o que dizer se não que muitas pessoas passam pela vida como simples pedras no fundo do mar, já vc minha querida, posso assim dizer de antemão, que já vislumbra algo alêm dessas aguás profundas, vc consegue enchergar a superficíe e seus barcos (algo alem daqueles fadados marcos) e enchergar é sempre a parte mais difícil.....


    beijs e continue a "enchergar"
    pois muitos veêm porem poucos enchergam

    ps.

    continue ligada no

    http://kennedypensador.blogspot.com

    dê uma olhada quando puder em
    ben vindo a selva (meu primeiro artigo)
    gostaria de saber sua opnião.
    grade


    pss
    .
    beijão

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Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!