sábado, 15 de fevereiro de 2014

A vida em cor-de-rosa*

Suave, bem baixinho, as notas divagavam...

Hold me close and hold me fast
The magic spell you cast
This is La vie en rose...


Fortes abraços, magia...  Um dia eu pensei - "A vida em cor-de-rosa". Saltitantes nuances, sorrisos... Ah, muito complicado descrever todo esse fulgor. É uma cegueira instantânea.

Porém não me custa tentar imaginar uma vida tão esfuziante como as ruas iluminadas de Paris, salpicadas por um dourado sobrenatural. 

E eu pensei em você, dedicando todo esse esforço ao seu amor inalcançável. 

Deixemos a tristeza de lado, por alguns minutos, saboreando mais notas amadeiradas e florais...

When you kiss me heaven sighs
And though I close my eyes
I see La vie en rose


De olhos fechados, os beijos são observados apenas pelo céu. Sim, a vida tornou-se cor-de-rosa. 

Cá estão os desejos tecidos e arrematados por palavras. Tão distantes estão da realidade minha, talvez da sua. Porém o que faz cada dia valer a pena é que podemos viver nos sonhos toda a felicidade fragmentada pelo cotidiano iconoclasta.

When you press me to your heart
I'm in a world apart
A world where roses bloom

Romance de folhetim das tardes. E eu continuei a pensar que, sentindo seu coração, vivi em um mundo diferente, onde rosas floresciam.

And when you speak... Angels sing from above
Everyday words seems... To turn into love songs

As palavras que saem da sua boca encaixam-se em um hino angelical - são pequenas e delicadas peças de uma canção de amor.

Give your heart and soul to me
And life will always be
La vie en rose

E seu coração pertenceu a mim por alguns instantes. 

Porém sonhos terminam, cedo ou tarde. Está na hora de voltar para realidade. Mas antes lembrarei que, sempre que for assim, nossas vidas serão em cor-de-rosa.

* História da canção

La Vie en Rose (A vida em cor-de-rosa) é uma canção que foi escrita originalmente em francês por Edith Piaf, com melodia de Marguerite Monnot e Louis Guglielmi. Foi lançada no álbum Chansons Parisiennes de 1947. A canção original foi responsável pela notoriedade mundial de Piaf [o título da canção deu nome ao filme biográfico de 2007 que rendeu o Oscar de melhor atriz para Marion Cotillard no papel da própria Piaf]. A versão que temos no texto é cantada por Louis Armstrong [e pode ser encontrada no álbum Satchmo Serenades]. A letra em inglês foi escrita por David Mark. Esta foi incluida no Hall da Fama do Grammy em 1998.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!