sexta-feira, 9 de julho de 2010

Minha vida é um filme de David Lynch


Quando comecei a ver filmes de Lynch , apaixonei-me pelo estilo do diretor. Veludo Azul foi o primeiro que comprei e que mantenho guardado com um pequeno tesouro.

Depois outros filmes vieram: História Real, O Homem Elefante... Poderia estar usando este espaço para resenhar a respeito dessas películas, todavia, hoje, dedicarei essa postagem às semelhanças que a essência dos filmes de Lynch tem com a minha vida.

É como a abertura de Veludo Azul (1986) : tudo muito colorido, porém artificial. Por detrás há uma bizarrice tremenda. As tulipas de cores espalhafatosas só servem para ressaltar a obscuridade adiante. O personagem principal entra num jogo esquisito, com opressores, histórias sem sentido, medo, angústia, solidão, lugar pequeno...

De uma lado há a pressão por não conseguir "o ideal". Do outro, apesar de todo receio, não se pode reclamar: "não é permitido ser mal agradecida."

Não há nada mais perturbador... É como Jeffrey Beaumont fala: "É um mundo estranho."

Cheguei em casa, sentei-me e comecei a escutar Dire Straits. É incrível como o som faz meu coração acalmar. Nada como escutar uma das melodias mais lindas de todos os tempos: Brothers In Arms. Meus momentos felizes atuais são quando estou vendo os filmes do Cilliam Murphy ou dormindo, pois como diz um grande professor de Biologia: "A realidade é uma merda!".

Ocorre-me História Real (1999): hora de refletir, lentamente, não convencionalmente. De tentar perdoar, apesar de todos os acúmulos.

A imagem dói. Há muito não gosto de espelhos. Tirei-os da minha vida. Acho que por isso as vitrines soam como inimigas. Todas as roupas ficam bonitas... Nos outros.

No fundo... Homem Elefante (1980) puxa de minha memória que John Merrick era sensível, humano e inteligente. O que a aparência importa? Nada. Entretanto está cercada por pessoas que a prezam, inibe qualquer pensamento de auto-confiança. Nem sempre há Sra. Kendal para levantar-nos.

Precisaria agora de um chocolate e uma Coca-Cola estupidamente gelada. Isso lembra-me bolhas de sabão, a música Supersonic do Oasis, o sorriso de uma certa pessoa, Vênus no Crepúsculo, Carl Sagan, Queen, Astronomia... Tudo que arranca de mim sorrisos bobos, flutuantes...

Minha vida é um roteiro lynchiniano. Sem tirar nem adicionar.

Um comentário:

  1. olá´
    coloquei seu banner no meu blog
    =]
    se puder poe o meu aee tbm
    =]
    bjo
    http://novalexandrianet.blogspot.com/

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Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!