Cheiro de café,
Suavidade, movimento.
Leite espumoso, branco harmonioso.
Repousam meus lábios
Em xícara flutuante
Vislumbro, desejo, cubro-me.
[abre-se o túnel de pensamentos]
Sobre a abóbada celeste, em meio ao frio,
Cintilam fagulhas azuis, vermelhas e amarelas.
Eram um frenesi, um choque, um toque
[é a passagem de um longo tempo]
Acordam-me os olhos da realidade
Eram águas passadas
Sóis que não brilham mais.
A felicidade escondeu-se,
Perdeu-se dentro de mim, cansou-se.
E sigo-lhe as pistas em tentativas frustradas.
Estou presa na dor.
E não lembro-me mais como é viver sem ela
O ópio do momento terminou em derradeiro gole.
Cegam-me as luzes das promessas
Com sussurros de esperança
Naquela mesa, em cores ovais.
[Minha dor consome-me persistentemente.]
E é na tristeza que deixo
Gotas aprisionadas...
E são elas as notas vivas
Do blues da minha vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!