
Não, eu não cometi um assassinato, não estou sendo procurada pelo FBI, CIA, equipe do Criminal Minds, CSI, ou pelo Sherlock ou Patrick Jane. É apenas um 'Porra, não quero mais!" [Ursinho TED mode on].
Sim, eu cansei do Facebook e toda a invasão que ele proporciona.
Antes de entrar no âmbito pessoal, eis algumas indagações que você, caro (a) leitor (a), deveria fazer a si mesmo (a):
1. Quanto tempo você gasta diariamente no Facebook?
2. Quanto desse tempo você realmente empregou para fazer o que queria fazer antes de de logar no Facebook?
3. Quantas pessoas você realmente queria que fossem suas amigas no Facebook?
4. Quantas confusões você já arrumou por causa de uma atualização, um curtir ou um comentário no Facebook?
5. Quanto tempo já gastou procurando um plano infalível para se desfazer daquele 'amigo' que você não quer mais no Facebook?
6. Dos amigos que você tem no Facebook, quais são seus amigos de verdade na vida real?
7. Você fez um perfil no Facebook porque quis ou porque todo mundo tem?
8. Você tem medo de ser tachado de esquisito, possível psicopata e antissocial se um dia decidir não ter mais Facebook?
9. O Facebook deixa você com tempo livre para as outras atividades?
10. O Facebook tornou-se sua vida?
Você [como eu! Aposto!], invariavelmente, todos os dias, sente vontade de ver o que aconteceu com aquela pessoa que você gosta [e mantém no Facebook] e não gosta [e, por questões morais e pacíficas, também mantém]. A primeira é prazerosa, por vezes, muito engraçada e mantém uma linha saudável de comportamento em redes sociais. Já a segunda... É tão venenosa quanto pequenas doses de mercúrio.
Há também o tempo gasto, uma espécie de feitiço, no qual você pode ficar horas simplesmente olhando para a tela com aquelas cores azuis, esperando a próxima atualização, ou aquele inbox se abrir, magicamente, para uma conversa -
Oba, alguém quer conversar comigo!
Contudo, não há só ganhos, existem perdas. Com o fim do meu perfil, lá se vai metade da comunicação que tenho com muitos leitores do blog e queridos parceiros, bem como a Fã Page do CQ&Sherlock. E, claro, o contato com alguns poucos bons amigos da vida real.
Mas, aos meus leitores e parceiros, sempre tem o próprio blog e o e-mail do CQ&Sherlock, bem como o quadro de recados e os próprios comentários. Aos amigos, bem, esses sabem meu endereço, meu MSN particular [futuro Skype] e meu número de celular [nada como receber SMS!].
É isso! Eu não quero me sentir como em 1984, não quero ser John Smith e, muito menos, parecer vigiada pelo Grande Irmão [deixa isso para o livro que estou lendo do meu querido George Orwell].
Não vou dizer que não voltarei um dia para o Fantástico Mundo Azul. Toda decisão pode ser revogada. Porém, por enquanto, é o melhor.
Documentário - Adeus, Facebook (Um pequeno filme sobre um suicídio digital)
Encontrei este pequeno documentário, de pouco mais de 11 minutos, sobre algumas questões 'existenciais' acerca do Facebook. O filme é alemão, mas possui legendas em inglês e é de fácil compreensão. O personagem vai analisando cada pessoa e cada convite [até mesmo dos pais]. E ele se pergunta: "O que realmente eu estou fazendo aqui?". Vale a pena conferir!