terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O fim?

Poderia dizer que o Café Quente & Sherlock termina nessa postagem. Mas não! Apenas umas férias de alguns dias, algumas semanas, ou meses.

Lembro quando eu comecei o CQ&Sherlock... 
Eu tinha um outro blog e uma das postagens falava sobre música fazer bem, poderia ser até melhor que uma terapia paga. Pedi para alguém [conhecido real] dá uma olhadinha e recebi umas críticas duras.

Críticas são críticas e podem até ser benéficas, quando as pessoas FALAM DE UMA MANEIRA EDUCADA E ESCOLHEM AS PALAVRAS (mas esta pessoa, talvez, pela natureza bruta, ou educação recebida, deve considerar polidez um ponto fraco e que não combina com poder, força e inteligência...).

Deletei o blog e, logo em seguida, depois de terminar uma faculdade não desejada, acumular certas desesperanças, não querer ver muita gente nem pintada de ouro e ficar sem trampo, resolvi abrir outro, levando muito mais para  o lado poético, contador de histórias e etc, do que para o lado 'científico'. E, cá entre nós, eu tenho a tendência de atrair pessoas que adoram críticar e dizer coisas ruins [e não me pergunte o porquê, pois todo ser humano é coberto de defeitos, mas sempre tem aquele, que, de uma maneira ou outra, parece plasticine - família quer moldar, amigos querem dizer o que é melhor e nenhum deles pergunta - o que você pensa a respeito?]. Os 2 anos de CQ&Sherlock foram bacanas - conheci muita gente que comentava/comenta para valer e identifica-se com as postagens.

E sabe de uma coisa? Aproximadamente 98% dos meus seguidores, parceiros e amigos de blog eu nunca vi, não são meus vizinhos, não trocam xícaras de açúcar comigo - são de outros estados. E por quê? Porque, infelizmente, os mais próximos sempre desferem algum tipo de comentário nada construtivo. Outro exemplo? Eu não canto em público, ou, de alguma maneira, não consigo me soltar para cantar. Com o começo das gravações no CQ&Sherlock, apresentei as mesmas para um conhecido e ele disse duramente que eu era desafinada. Então, desde desse dia, resolvi não apresentar o blog para conhecidos. Contudo, continuo a postar minhas records.

Em relação a escrita,

Uma vez um conhecido disse-me que eu achava muito bonito ser triste.

[Eu sou como um elefante, não esqueço de absolutamente nada de ruim do que me dizem.]

Preferi apenas ler e passar para outro assunto. Pois, com minhas observações, aprendi que as pessoas nunca mudarão de opinião se elas não vivem aquilo que você vive e acham que fazem bem dizendo que sua maneira de viver [uns 20 e poucos anos de sobrevivência] é errada. É como no lindo livrinho do Mark Twain - O Príncipe e o Mendigo - cuja a essência é mais ou menos assim - "Todo rei deveria experimentar as suas próprias leis" - ou seja, as pessoas não compreenderão suas angústias se elas mesmas não experimentam ou abriram a mente e o coração para entender.

Há, claro, alguns conhecidos que dizem que eu me entrego demais no blog. Não me arrependo! Muitas vezes o blog foi a única maneira de me sentir bem em meio a alguns turbilhões de angústia.

Escrever não é fácil, assim como qualquer coisa nessa vida.

Existem tantas coisas boas por aí, livros, pessoas... E, só para citar, eu vejo a senhorita Waleska 'Popozuda' no programa da Gabi e pergunto-me - Como acreditar que os bons trabalhos terão sucesso, se as mesmas pessoas que pediram a Waleska na Gabi são, agora, as detentoras do poder de compra e reconhecimento?

Em meio a fatos como esse, perde-se um pouco a vontade de escrever. E muito mais quando, apesar dos  queridos amigos que comentam e dos leitores, eu me deparo com críticas injustas.

A faculdade, apesar de ser o curso que sempre quis, torna-se complicada por causa do MATERIAL HUMANO e não pela Ciência que sempre será linda. E deixo bem claro que eu falei muito sobre meu sonho de estudar Física e que eu deveria estar COLORIDA que nem um arco-íris. Todo mundo faz planos, não é mesmo? Todo mundo acredita que tudo vai dar certo. E se decepciona. Não que eu vá desistir. Porém é duro e, muitas vezes, péssimo ouvir certos discursos.

Sabe, querido (a) leitor (a), eu desejo que tudo melhore e eu possa dizer que a inspiração para escrever voltou.

Até lá, eu gostaria que você, se tiver um tempinho, lesse (se não leu) os livros do Sherlock e visse a série da BBC - Sherlock. Escutasse algum The Best Of do Nat King Cole e o Plenilunio [1997] do Luar Na Lubre. Se tiver ainda mais tempo, leia Na Pior em Paris e Londres do George Orwell.

Espero vê-lo logo!
Até breve!

Com carinho,

T.S. Frank

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

[Período de férias] Electrolite*

                                                           I'm
      plasticine!**


* Ponto químico - Eletrólito é um termo "médico/científico" para os sais, especificamente os íons. O termo eletrólito significa que este íon é carregado eletricamente e se move para outro eletrodo negativo (cátodo) ou positivo (ânodo). Fonte: HowStuffWorks.
* Ponto musical - uma das minhas músicas favoritas do R.E.M., lançada em 1996, sendo o terceiro single do álbum New Adventures in Hi-Fi

** Plasticina - outro nome para massinha de modelar. 

[Período de férias] Pequeno texto da tarde ensolarada e abafada...

Meu notebook queimou - acabei adoecendo de tanto aborrecimento - reclamações e aqueles parentes distantes que falam que gasto muito tempo estudando e que não vou arrumar algo que preste.

[Que loucura, não exercer a Contabilidade para se dedicar a Física, ora, ora!]

Minha vida estava toda naquele pedaço de metal, literalmente. O que fazer? Comprar outro.

Já chorei o que tinha que chorar e houve burburinhos pelas lágrimas também.

Não desejo nada além de paz e uma cura para essa dor. Apesar de toda a fisioterapia e médicos, ela volta forte, incessante, junto com uma tristeza imensa por tudo que há de vir e de não poder dizer o quanto estou blue&down por todo esse clima ruim.

[estou quase como o garotinho do filme A.I - Inteligência Artificial - pedindo um único dia de felicidade plena]

Fiquei um pouco feliz por ter achado o meu livro do John Le Carré - O Espião Que Sabia Demais - e ter a oportunidade de ler o mesmo de onde parei, há mais de 2 anos atrás [O filme que deu a indicação ao Oscar ao maravilhoso Gary Oldman e ter a participação do meu querido Benedict Cumberbatch].

Estou tentando ter Electrolite na ponta da língua.

[a dor continua...]

Alguns dias de molho.

Quando se está doente, talvez, alguns sorrisos despreendidos possam fazer bem - onde arrumá-los?

E, antes de tudo, eu só quero que minha coluna colabore. Só que não posso culpá-la - ela só responde ao estado da minha própria alma.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

[Período de férias] Pequeno texto da tarde fria - Quase utopias...

Então - Lar - é onde eu quero estar... E, no meu pensamento, tranquilidade é a Melodia Ingênua que tocou no meu despertador, às 08:00 horas da manhã, e incendiou meu coração com o cheirinho de café gourmet.

 - Tem show dos Smiths hoje!
 - E temos os ingressos!
 - E levaremos as crianças!

O que fizemos para tornar nossa vida tão interessante como Chocolate & Coca-Cola?
 
[Absolutamente nada - estamos presos a nossa própria raiz do medo!]

Coloque aquele álbum gostoso de ouvir do Belle & Sebastian.

E eu sempre estarei bem com shows de rock e amigos que cantem bem alto - Manhã de Glória!

1,2,3...

 - Vem cá, vamos cantar Uma Canção Para Você!

E minha mente anotou tudo isso e guardou a fotografia - lembrança dos bons momentos desejados.

Vai passar, tem que passar...

E a luz incidirá delicadamente, em uma atmosfera calma, onde não haverá dor, nem lágrimas e nem peso.

Pausa...

Acabou-se minha tracklist.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

[Período de férias] Insônia... Dançando conforme a música!


Doa-me um abraço que eu canto A Song For You para você....


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

[Período de férias...] Meu mundo caiu...

Em um estalar de dedos, em um sonho inativo...

Toda a droga de vida!

Melhor viver?

E quando eu voltar?

Sete gatos, miserabilidade, um montão de acusações...?

[sim, eu sou a pior pessoa do mundo, segundo a Wikipédia Familiar & Amiga]

Notas de Augusto dos Anjos e sinceridade do H. L. Mencken.

Seu filho da...

Ah, já sei - reclama demais [por que essa maldita frase fica martelando na minha mente?].

F-O-D-A-S-E!

[e você arregalou os olhos e ficou assustadinho, foi?]

O velho cidadão modelo - certinho, comportadinho, queridinho...

Concursos públicos, filhos, aquela viagem para algum lugar do Nordeste, reunião familiar no Natal...

- Foi feliz e alegre!

Ah, mas que grande decepção você é [isso é para mim, claro!].

E de novo o mesmo assunto [já ouço!]?

Leave-me alone!

Não posso contar com ninguém [porém todos me obrigam a ajudar - chantagem emocional, psicologia reversa, culpado que vira vítíma...]!

Sim, Senhor! As suas ordens, capitão!

 Maysinha... Você entenderia, mas tinha mais coragem e muito mais dinheiro - vontade de quebrar a espinha de alguém com palavras ácidas!

... E eu que aprenda a levantar...

Porque sei que não vai se importar... E que tem pena de mim!

Meu Mundo Caiu
Autoria e interpretação de Maysa

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Férias!


Umas férias da facul de Física, viajando cá pelo Sul do Maranhão...
Inté breve, se Deus quiser, queridos (as) leitores (as)! 
P.S.: Não esqueçam de ver a segunda temporada de Sherlock BBC!

domingo, 8 de janeiro de 2012

The masterplan

Acordei – dor de cabeça. Bebi litros e litros de chá. Gravei umas músicas. Não ficaram boas – na verdade, odiei todas e ando odiando a minha própria voz.

Pensei na Astronomia...

[nenhuma segurança - eu por mim mesma e ninguém mais.]

Não estou conseguindo curtir as minhas próprias férias – é como se estivesse com um grande peso – idade, problemas familiares, a grana que anda curta [e sim, quando foi que não esteve? Sempre a mesma história em duas décadas e um pouco de existência!], casa e o próprio peso do curso de Física - professores ruins exigindo que você seja autodidata e que tenha na ponta da língua o que os melhores cientistas provaram com ajuda de grandes universidades e grandes mestres.

Colegas... Tão novos e esperançosos - alguns muito espertos, outros muito malvados e ríspidos; há os bons no que estudam, os convencidos e os que vivem a dizer que tudo no curso é básico, muito básico... E eu pensando – O básico que F******!

O inferno de Dante – talvez a sensação de olhar o vazio e de acabar com tudo isso da maneira mais eficiente possível e nada politicamente correta.

Aos poucos, sinto que emudeço. As minhas últimas tentativas de ‘diminuir’ a pressão foram experiências frustrantes – como expressar-me para pessoas que vivem em situações diferentes e desconhecem esses problemas? Certamente ouvirei a emblemática – você reclama demais!

... Reclamar demais, olhar inquisitivo, sorrisos de escárnio...

- Por favor, uma passagem só de ida para...

Por que as pessoas têm a mania de sorrir quando você está precisando de algumas palavras de conforto ou de uma piada sobre um livro do George Orwell?

[uma vez um colega de curso fez uma piadas muito legal sobre os mendigos da Pior em Paris e Londres – momento sublime e raro!]

Ontem fiquei preocupada. Não consegui chorar e estava prestes a morrer envolta por um sentimento de impotência. Então escutei Oasis MTV Unplugged [1996] (aquele que o Liam faltou por uma suposta laringite, contudo tomou todas em um pub, assistindo ao concerto.).

E... Lembrei daqueles planos maiores da adolescência - o êxtase dos ônibus espaciais, Vênus à noroeste, radiotelescópios, os olhos azuis inspiradores [talvez, pelo resto da minha vida, a lembrança mais pura do que é o verdadeiro amor – desprovido de lágrimas de sangue e palavras duras.].

Finalmente chorei.

E a vida esfuziante, embalada pelo Oasis, virá - shows de rock, Astronomia, casinha de madeira, chá em bule de porcela, laguinho para mergulhar os pés, lençóis brancos, floresta de pinheiro, ovelhas brancas, torta de maçã e canela e, talvez, olhos azuis da compreensão e da cumplicidade?

O mundo do conhecimento é maravilhoso, porém para alguns, como eu, muitas vezes, janelas que não podem ser transpassadas são abertas. O masterplan [plano maior] vira uma tortura.

A realidade é uma grandessíssima M****.

Manhã gloriosa e plano maior, por enquanto, são ainda as músicas do Oasis, trazendo lembranças de pensamentos da época de ouro da inocência da minha própria mente. E se um dia, por obra divina, tudo mudar, Oasis MTV Unplugged derramará os primeiros acordes em um dia ensolarado que proclamará a minha liberdade!

The Masterplan

# E, então, dance, se você quiser dançar
Por favor, irmão, se dê uma chance
Você sabe que eles irão
Em qual caminho quiserem seguir
Tudo o que sabemos é que nós não sabemos
Como vai acontecer
Por favor, irmão, deixe acontecer
Esquivar-se da vida não vai nos deixar entender
Que somos todos parte de um plano maior# (trecho de Masterplan - Oasis/Noel Gallagher - 1995) 



Morning Glory

#Todos os seus sonhos são feitos
Quando você está condenado ao espelho e a lâmina de barbear
Hoje é o dia que todo o mundo verá
Outra tarde ensolarada
[Eu estou] andando ao som da sua melodia favorita
O amanhã nunca sabe o que não sabe tão cedo# (trecho de Morning Glory - Oasis/Noel Gallagher - 1995)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Bruce Dickinson - O polímata

Um polímata (do grego polymathēs, πολυμαθής, "aquele que aprendeu muito") é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área. Em termos menos formais, um polímata pode referir-se simplesmente a alguém que detém um grande conhecimento. Muitos dos cientistas antigos foram polímatas pelos padrões atuais. (Wikipédia Brasil)

Bruce Dickinson poderia ser só o vocalista do Iron Maiden - fato que, por si só, já é digno de todos os louvores (sim, o Iron Maiden é fodástico!). Não, o Dick não se contentou em ser cantor apenas. Ele sabe que o mundo é cheio de possibilidades e que estando no lugar certo, no momento certo e com a reserva certa (leia-se muita grana), ele poderia ser o homem das 1001 utilidades. Claro, Bruce é muito, muitíssimo talentoso e exerce muito bem todos os papéis que desempenha.

Vamos lá!

Entre os vários dotes do moço, temos:

1. Formado em História pela Queen Mary College;
2. Doutor honorário (Dr.h.c) [Honoris causa] em Música pela Queen Mary College;
3. Esgrimista - chegou a ser o sétimo melhor da Grã-Bretanha, recebendo um convite, em 1987, para integrar a equipe olímpica de 1988;
4. Piloto de aviação civil - trabalha profissionalmente na companhia Astraeus Airline (Dick pilota o Boeing 757-200 - Ed Force One - alugado para as tours do Iron, da companhia onde ele trabalha);
5. Radialista e apresentador - teve seu programa de rádio de 2002-2010 - Bruce Dickinson's Friday Rock Show - e apresentou uma série no Discovery Channel sobre aviação, vôos e Heavy Metal entre outras participações no rádio e TV;
6. Escritor - tem dois livros lançados - The Adventures Of Lord Iffy Boatrance/1990 (ISBN 0-283-06043-3) e The Missionary Position/1992 (ISBN0-283-06092-1). Produziu o roteiro para o filme Chemical Wedding, onde faz referência a Aleister Crowley;
7. Pai e marido - casado com Paddy Bowden e tem 3 filhos - Austin (nascido em 1990), Griffin (nascido em 1992) e Kia Michelle (nascida em 1994).

Devido a esse leque de aptidões, no inverno de 2009, a revista Vida Inteligente (Intelligent Life) nomeou-o exemplo vivo de polímata.

Dick é o cara!

Fontes:

Reportagem G1
Wikipedia Inglesa - Bruce Dickinson
Blog dos Feras - Especial Pais & Filhos do Rock'n'Roll

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012... De praxe...

É mais um ano que se vai. Conclusão imediata - Estou ficando velha (experimente estar numa turma de faculdade onde a maioria nasceu muito depois da queda do Muro de Berlin - I hate 90’s!).

Estou igual ao poema da Cecília Meirelles...

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração

que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?


Tudo bem... Ainda falta uma quantidade razoável para o ‘de repente trinta’. Contudo já estou em crise.

(Santo Antonio não foi legal esse ano - neeeeeeem um pouco!)

Os problemas não irão acabar de um dia para o outro - nem o Jack Bauer, Super Homem, Obama e a Fada Madrinha dariam jeito em tantos (quem sabe aguarrás).

Então, 2012 não será um recomeço - e sim apenas mais um prazo para dar cabo de todas as merdas, cafajestes e mal feitos do ano anterior.

E só.

Feliz ano novo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Happy Birthday, dear Little Jesus

Senhor Jesus,

É mais um ano... Sei que já são muitos, nem dá para contar nos dedinhos.

Eu sei que o Senhor fica muito triste pelos the mamas & the papas que ensinam que o Sr. Noel é mais importante. Só que como Vosmecê e sábio por demais, nem se preocupa tanto.

E, querido Je, as coisas não estão fáceis. E o mundo esta pior que Sodoma e Gomorra.

Ano passado eu disse que não gostava de Natal... Eu sei... Eu sei... Contudo é mais uma questão interior, cê sabe... E o Freud e o Jung...

Eu também não fui uma boa garota. Na verdade, em algumas situações, eu me comportei como aquele João Bobo que os guris traquinos chutam – maleável, idiota e chorona. Meu subconsciente xingou muitas pessoas, desejou que seus cabelos caíssem e espinhas nascessem em suas faces.

Não cumpri aquela primeira promessa, lembra? Só que eu andei conversando com umas amigas e elas escreveram-me no VEAA - Viciados em Alguém Anônimos - e já estou limpa há quase um mês. Estou tentando, viu, Jesuzinho...

Perdão, perdão, perdão.

Peço desculpas pelas coisas ruins que falei para algumas pessoas e desculpo aquelas que me falaram também.

Quero agradecer pela família (apesar da fragmentação), pela comida, pela casa (apesar de...), os amigos da faculdade, pela Física e pela Astronomia, o livro na Pior em Paris e Londres do George Orwell, os Beatles, o Queen, Dire Straits, Pink Floyd, New Order, Pet Shop Boys, Faith No More, Nat King Cole, Luar Na Lubre, John Denver, Creedence, The Mentalist, Fringe e o Sherlock BBC.

Obrigada por ter me dado aquela cola adesiva e por ter amenizado as minhas dores na coluna através da fisioterapia (infelizmente, elas voltaram mais fortes essa semana... Mas eu acho que pode ser TPM... Vai passar!).

Espero que o Senhor tenha um lindo niver, cheio de nuvens, docinhos, anjos, flautas e pessoas rezando por um mundo melhor.

Felicidades!

T.S. Frank

P.S.: dê aquele recado meu para Santo Antônio, eu não estou entendendo os sinais dele...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sherlock BBC volta em 1º de janeiro de 2012 - ALEGRAI-VOS!

Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeba! (T.S. Frank gritando!)

Que notícia tão boa essa que li no site do querido parceiro SNAIL TRAIL:

"A BBC declarou oficialmente que o primeiro episódio da segunda temporada da série “Sherlock”, “A Scandal in Belgravia” estreará, na BBC One, no domingo, dia 1º de Janeiro de 2012, às 20:10h! (O que nos indica que os próximos 2 episódios, em princípio, se seguirão no mesmo dia da semana, nas 2 semanas seguintes!)" (retirado de SNAIL TRAIL - Data de estreia da segunda temporada de Sherlock finalmente revelada!)


E o ano já vai começar super bem! Poxa vida! Contagem regressiva para SHERLOCK BBC - segunda temporada!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Recomendação musical especial - Luar Na Lubre



É com muito prazer que trago a vocês, queridos (as) leitores (as), um dos meus grupos musicais favoritos – Luar Na Lubre.

Luar Na Lubre é um grupo de folk galego, criado em Corunha (Coruña) em 1986. O nome vem do galego Luar - resplendor da lua – e Lubre – espécie de bosque sagrado para os celtas, onde seus rituais aconteciam.

(Entre linhas – folk galego é um gênero musical tradicional de uma das regiões da Espanha conhecida como Galiza (ou Galícia em espanhol). Pela Constituição Espanhola, ela é uma comunidade autônoma, ou seja, entidade territorial dotada de autonomia legislativa e competências executivas. Corunha é justamente a capital da Galiza e nela fica Santiago de Compostela (quem é leitor de Paulo Coelho e debruçou-se sobre O Diário de um Mago tem uma ideia geral) – lugar de peregrinação e atmosfera mística, onde acredita-se que os restos mortais do apóstolo Santiago foram levados. Possui uma das mais belas catedrais barrocas do mundo. Por lá, falam o galego – mais parecido com o português do que o próprio espanhol de hoje – que pode ser considerado uma evolução do galego-português - falado em Portugal e na Galiza na Idade Média, que originou o português de Portugal e o galego de hoje)

O Luar Na Lubre também tem raízes célticas, afinal, a Galiza, na Idade do Ferro, foi povoada pelos celtas.

É considerado o maior grupo de música folk galega (ou música celta da Galiza) e um dos grandes representantes do gênero celta. O grupo é dono de inúmeros prêmios, ótimas críticas e fama mundial.

Em 1992, Mike Oldfield – compositor e músico inglês, com influências que vão do rock a música étnica (ouça Tubular Bells/1973) – 'globalizou' o octeto quando fez sua própria versão de O Son do Ar (do álbum de 1988 do Luar Na Lubre – O Son do Ar). O rearranjo feito por Oldfield saiu no álbum de 1997 – Plenilunio – e foi disco de ouro.

Luar Na Lubre é espiritual, cultural, brisa suave, aconchego e harmonia. E, sem nenhuma parcialidade, digo a vocês, uma vez experimentado, é como alcançar o sétimo céu, ou melhor, a sensação de terminar, como muitos relatam – o caminho de Compostela.

Membros & Instrumentos (Atualizados - 2017)

Antía Ameixeiras

Belém Tajes  voz;
Xan Cerqueiro – flautas;
Xulio Varela – bouzouki (tradicional grego), trompa, tarrañola (tradicional galego) e pandeireta (tradicional espanhol – semelhante ao nosso pandeiro, só que menor);
Belém Tajes
Patxi Bermúdez – bodhran (tradicional irlandês – semelhante ao tamborim), tambor e djembê (tradicional africano);
Antía Ameixeiras – violino;
Bieito Romero – gaitas, concertina (acordeão diatônico) e sanfona;
Pedro Valero – guitarra acústica, elétrica e espanhola, bouzouki (tradicional grego) e baixo pedal (linha de baixo que permanece numa nota durante uma mudança harmônica);
Xavier Ferreiro – percussão latina e efeitos.

Membros anteriores

Ana Espinosa – voz (1986-1996)
Rosa Cedrón – voz e violão celo (1996 – 2005)
Sara Louraço – voz (2005 – 2011)
Eduardo Coma – violino (1998-2016)
Paula Rey – voz (2012-2017)

Discografia (Atualizada - 2017)

O Son do Ar (voz: Ana Espinosa) – 1988
Beira Atlántica (voz: Ana Espinosa) – 1990
Ara Solis (voz: Ana Espinosa) – 1993
Plenilunio (voz: Rosa Cedrón) – 1997 (disco de ouro)
Cabo do Mundo (voz: Rosa Cedrón) – 1999 (disco de ouro)
XV Aniversario (voz: Rosa Cedrón + convidados) – 2001
Espiral (voz: Rosa Cedrón) – 2002
Hai un Paraíso (voz: Rosa Cedrón) – 2004
Saudade (voz: Sara Louraço) – 2005
Camiños da Fin da Terra (voz: Sara Louraço) – 2007
Ao Vivo (voz: Sara Louraço + convidados) – 2009 (2CDs + DVD)
Solsticio (voz: Sara Louraço) – 2010
Mar Maior (voz: Paula Rey) – 2012
Sons da Lubre nas Noites de Luar (misto: todas as vocalistas anteriores + convidados) – 2012 (3CDs + DVD)
Torre de Breoghán  A Luz dos Milésians – com a Orquestra Sinfónica de Galicia (voz: Paula Rey) – 2014 (2CDs + DVD)
Extra:Mundi – (voz: Paula Rey) – 2015
XXX Aniversario – Selección Especial de Temas – (misto: todas as vocalistas anteriores + convidados e novos arranjos para algumas músicas anteriores) – 2016 (2CDs)

Longa metragem

Un Bosque de Musica – 2004 – dirigido por Ignacio Vilar

Lista por T.S. Frank

Separei 10 músicas para você conhecer melhor o trabalho deste fantástico grupo.

1. O Son do Ar (vídeo aqui)
2. Roi Xordo (vídeo aqui)
3. Romeiro ao Lonxe (Sara Louraço & Diana Navarro) (Scarborough Fair) (vídeo aqui)
4. Galaecia (vídeo aqui)
5. Chove en Santiago (Rosa Cedrón) (vídeo aqui)
6. Costa da Morte (vídeo aqui)
7. Cantigas de Alfonso X (Rosa Cedrón no Celo) (vídeo aqui)
8. Canto de Andar (Sara Louraço) (vídeo aqui)
9. A Carolina (Schiarazulla Marazulla) (Paula Rey) (vídeo aqui)
10. Memoria da Noite (Rosa Cedrón) (vídeo aqui)

Adicionais (2014)

11. Sereas  (vídeo aqui)
12. Son das Augas (Sara Louraço no teclado) (vídeo aqui)
13. Cantiga do Neno da Tenda (Sara Louraço) (vídeo aqui)
14. Vía Láctea (vídeo aqui)
15. Santa María Loei (Paula Rey) (vídeo aqui)
16. Les Set Gotxs (Paula Rey) (vídeo aqui)

Adicionais (2015)

16. La Molinera (Paula Rey)



Adicionais (2016)

17. Dun Tempo Para Sempre - Nuevo Arreglo (part. Irene Cerqueiro)



Fontes:

Luar Na Lubre - Wikipédia Galega 
Luar Na Lubre - Wikipédia Espanhola
Site oficial do Luar Na Lubre

Conhecer mais do Luar Na Lubre e da Cultura Galega?

Facebook Luar Na Lubre
Canal Youtube Luar Na Lubre
Rádio Galega - Direto de Santiago de Compostela 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Tracklist da semana - Hoje é dia de OLDIES, bebê!

E lá vamos nós (plagiando descaradamente o Pica-Pau...)! Mais uma categoria cafeinada - cool, dance & relax.

Separe uma coca beeeeeeem gelada, umas guloseimas e back to basics!


1 - Peggy Sue - Buddy Holly (vídeo aqui)
2 - Surfin' Safari - The Beach Boys (vídeo aqui)
3 - La Bamba - Ritchie Valens (vídeo aqui)
4 - Johnny B. Goode - Chuck Berry (vídeo aqui)
5 - Rock Around the Clock - Bill Haley & His Comets (vídeo aqui)
6 - Rubber Ball - Bobby Vee (vídeo aqui)
7 - Return to Sender - Elvis Presley (vídeo aqui)
8 - Do You Wanna Dance? - Johnny Rivers (vídeo aqui)
9 - Blue Moon - The Marcels (vídeo aqui)
10 - Sh-Boom - The Chords (vídeo aqui) (vídeo aqui)


Informações:

1. Peggy Sue – Escrita por Buddy Holly, Jerry Alisson, Norman Petty. Foi gravada por Buddy Holly em 1957. É a #194 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.

2. Surfin’ Safari – Escrita por Brian Wilson para os Beach Boys. Gravada pelos Beach Boys em 1963. Foi a #3 na U.S. Billboard Hot 100 em 1963.

3. La Bamba – É, originalmente, uma canção folk mexicana. Foi adaptada por Ritchie Valens em 1958 e gravada por ele em 1958. É a #345 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os tempos.

4. Johnny B. Goode – Escrita por Chuck Berry e gravada por ele em 1958. Pela Q Magazine, é a #42 na lista As 100 maiores Guitar Tracks; pela Rolling Stones, é a #1 na lista As 100 Maiores Canções de Guitarra de Todos os Tempos; pela Guitar World, é a #12 na lista Os 100 Maiores Solos de Guitarra de Todos os Tempos.

5. Rock Around the Clock – Escrita por Max C. Freedman e James E. Myers. Foi gravada por Billy Halley & His Comets em 1954. É a #158 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.

6. Rubber Ball – Escrita por Orlowski e Aaron Schroeder. Gravada entre 1960 e 1961 por Bobby Vee. Foi a #6 na Billboard Chats em 1961.

7. Return to Sender - Escrito por Winfield Scott e Otis Blackwell. Gravada por Elvis Presley em 1962. É parte da trilha sonora do filme Girls! Girls! Girls!. Foi #1 nos charts ingleses e #2 na American Billboard Singles Charts.

8. Do You Wanna Dance? - Escrita por Bobby Freeman em 1965. Já foi gravada até pelos Beach Boys. Mas para nós, brazucas, a eterna mesmo é a versão do Johnny Rivers para o álbum Changes de 1966.

9. Blue Moon - Escrita por Richard Rodgers e Lorenz Hart em 1934. Foi gravada até pelo Elvis. Só que ficou conhecida com o grupo de Doo-Wop The Marcels, em 1961.

10. Sh-Boom – Escrita por James Keyes, Claude Feaster & Carl Feaster, Floyd F. McRae e James Edwards em 1954. Gravada pelos The Chords (e também pelo The Crew-Cuts) em 1954. É a #215 na lista da Rolling Stones As 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.


Fonte:

Wikipédia em inglês sobre cada música.


Quer saber mais de Oldies aqui no CQ&Sherlock? Então leia:

Recomendação Musical - The Ventures
Glenn Miller
Devil or Angel?
Tracklist da semana - Via Spotify - Hoje é dia de OLDIES, bebê! Part. II





sábado, 3 de dezembro de 2011

Tempo perdido...

Preocupou-me o fato de olhar para um chocolate e não ter a mínima vontade de comê-lo. Não consegui mover sequer o ‘baby finger’, hoje, pela manhã.

Inerte, na cama, desejei apenas acordar em outra realidade – sem identidade, sem passado... Pronta para recomeçar.

Depois de algumas décadas, acumulei muitas lembranças destrutivas – acontecimentos infantis que serão carregados como uma ancora.

Uma vez falei sobre bullying, porém essa postagem se foi. Não vou estender-me. É apenas para constatar que não importa – quando alguém sofreu esse tipo de violência por anos (numa época em que isso era apenas perseguição boba de criança), os sofrimentos da vida adulta – dificuldades, busca por sonhos, desesperança – puxarão as marcas do passado.

Outro dia, consegui, finalmente, falar sobre o assunto de um modo aberto – sem pudores ou vergonha. Ela, muito cordial e simpática, compreendeu muito do que eu disse. E, sinceramente, não há nada mais reconfortante do que desabafar sobre algo que machucou tanto e não receber aquela expressão facial: ‘mas do que diabos cê está falando?’

Só que neste momento da minha vida – tão delicado, incerto, frágil... – conversar não é suficiente. E as soluções são a longo prazo... E o cotidiano é pesado e assustador.

Massacra-me imaginar como seria a minha vida se tudo isso não tivesse acontecido, ou pensar se, no decorrer da infância, eu tivesse tido outras oportunidades – cidades grandes, escolas maiores, vizinhos legais, cerquinhas brancas, tulipas no jardim...

Eu sei que estou presa, presa a mim mesma... Intoxicada.

Gostaria de estar no litoral, sentada na areia e esquecer... Longe desse lugar, longe dessas pessoas... Longe do submundo... Longe do peso da minha própria alma.

E essas lembranças vieram à tona por causa de um certo alguém... Cujo a vida desejei – perfeitinha, redondinha, feliz... E, mais uma vez, acreditei em suas palavras... E foi como esperar um navio que nunca chegaria.

Preciso perdoá-lo... Apesar de tudo... Libertar-me...

Todavia, enquanto as sombras ainda recobrem, as nuvens prenunciam ainda mais chuva.

Deixo para vocês, queridos (as) leitores (as), uma das músicas que mais gosto de um grupo que eu amo - New Order - Regret - e diz muito sobre esse dia...

"Eu gostaria de um lugar que eu pudesse chamar de meu...
Ter uma conversa no telefone...
Acordar diariamente já seria um começo
Eu não reclamaria do meu coração ferido..." (Trecho de Regret, New Order, 1993)
jj