quinta-feira, 30 de agosto de 2012

I'm sick - sad days - no hope!

E quando você tem medo?

Olha para todos os lados e não vê mais esperança?

Talvez a minha antiga vida não volte. Sim, ela é triste há 26 anos, porém, mesmo assim, podia caminhar, respirar e fazer muitas coisas. Há mais de um mês não sei mais o que é isso. Talvez eu nunca ache cura para o que venho sentindo.

A doença física agrava-se com a falta de compreensão e a sensação de peso. É momento de ser forte, pois precisam de mim. Só que eu desabei, fui fraca.

Todos os dias morro um pouco. E não tenho mais motivos para continuar, pelo menos agora.

Preciso de um amparo, uma ajuda, um abraço, alguém que diga - "tudo vai terminar bem, seja o que for, estamos aqui e vamos descobrir o que você tem..."

[frases mágicas!]

Só que isso é um sonho infantil. A vida... Bem, a vida é real.

É meu inferno. 

[nunca senti tanto medo na minha vida... E não posso expressá-lo, não posso dizer nada... Se eu pudesse apenas chorar, dizer o quanto estou apreensiva. Não sei se preciso mais de um hospital, médicos, respostas ou de carinho e conforto. Quem sabe se eu tivesse tudo isso, seria salva...]

O pior de estar doente, apesar de visitar um pneumatologista e ele me falar que minha respiração está normal, é não ter evolução, não sair do lugar e ser cobrada por isso, "pois estou adoecendo a família, ou o que restou dela". 

Para os que gosto e amo, desejo felicidade, acolhimento, segurança, amor, sorrisos, domingos ensolarados, bolos lindos de chocolate, música, bons shows, lareiras, paz, esperança, uma família inteira, alegria, saúde e compreensão. 

[muitas dessas eu sei que não vou ter e outras nunca mais terei]

Deixo com vocês uma música que expressa o que mais desejo nessa vida - REFÚGIO.

John Legend - Refuge (When It's Cold Outside)
[Refúgio (Quando está frio lá fora)]

#Eu oro por dias melhores
Eu oro para poder ver o sol
Porque a vida é tão sobrecarregada
Quando todo dia é um chuvoso dia

Você sabe e eu sei
Amigos vêm e amigos vão
Enchentes e ventanias
Mas uma coisa eu tenho certeza

Quando está frio lá fora
Não há com que se preocupar porque
Estou tão aquecido aqui dentro
Você me dá paz
Quando há tempestade lá fora
Estamos apaixonados, eu sei
Estará tudo bem
T
udo bem, está tudo bem

Agora a paz é tão difícil de achar
Estamos aterrorizados e vitimizados
Mas é aí que fecho os meus olhos
E penso em você para aliviar a cabeça
Você me leva para outro lugar
Aonde não tem guerra (Chega de guerra!)
Só amor e graça#




quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Larica Total - A cozinha da guerrilha!

Queridos amigos (as)-leitores (as) do CQ&Sherlock, estou um pouco afastada da nobre arte de escrever devido a sérios problemas de saúde de âmbito familiar, inclusive meu. Espero que tudo acabe bem e que eu possa voltar tão logo para nosso cantinho com a frequência devida. Beijos!


T.S. Frank

Deixo com vocês uma dica de um dos meus programas favoritos:


Larica Total
(Atualizado em 2022)

Temporadas: 3 temporadas, de 2009-2012, com 74 episódios.

Original: Canal Brasil

Apresentado por: Paulo Tiefenthaler


Paulo do Larica Total definindo o Larica Total:

Larica Total é o programa da culinária da verdade, a verdade nossa - a culinária milionária é outra. E o que é a culinária da verdade?
- É abrir a geladeira e ter apenas o ECO e uma PEQUENA CEBOLA protagonizando o silêncio; e você transformar essa cebola num ALMOÇO.

Então: XABLABLAU para vocês!


***


Um episódio na íntegra de presente


1ª temporada - Episódio 04 
Arroz infalível

Desta vez, Paulo põe fim ao mito de que fazer arroz é uma tarefa complicada. Esbanjando destreza, o solteirão ensina duas maneiras de fugir dos grãos empapados: a receita infalível e o arroz das mães e das avós.




quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Vida perdida...

Teu rosto, agora
 - Tão forte
 - Tão belo...
Lembra-me da vida
Que nunca tive.

Teu sorriso
Mostra-me
O último vislumbre
Da vida
Que perdi.

Se pudesse amar-te novamente
Não hesitaria
Em doar-me...

Agora sou folha morta...
Esperando lentamente
Pela partida.

Ventos de agonia...
Não sou mais do que o pó...
Do resto dos sentimentos
Do outros.

Se pudesse
Ainda acreditar
No ato de viver
Não hesitaria...
Em doar-me
Completamente
Em silêncio
Delicadamente
E devagar.

Por T.S. Frank


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Medo e sensação de peso

Há duas semanas sinto-me como em um abismo. Piorou nos últimos dois dias - respirar tem sido um enorme calvário.

Sempre tiver medo de parecer um peso para todos. E é assim que me sinto há 26 anos  - como a pessoa que sempre incomoda, sempre está doente de algo inexplicável e que vai morrer a qualquer momento.

Sinceramente... Eu gostaria muito de chorar, muito... E que não houvesse pessoas para dizer que está errado, que é besteira. Preciso que alguém me tire daqui e me faça acreditar que a vida vale a pena. O que mais preciso é de segurança, mas eu não tenho - é sempre o abandono às voltas.

Loucura ou egoísmo? Doença real?

Eu tenho pessoas que se preocupam comigo, que gostam de mim e que são meus amigos de verdade. Mas não posso fazer com vivam um pesadelo por minha conta - seria uma maldade sem precedentes. Eles precisam ser felizes.

Como liberta-me de tanta dor?

Necessito de um hospital, porém não consigo mais acreditar nos médicos, principalmente da rede pública. Eles poderiam muito bem me deixar morrer para ser mais um número. Afinal, a vida daqueles que tem dinheiro é que parece ser a mais valiosa e a que precisa de mais cuidados. Não consigo mais acreditar no ser humano. De uma hora para outra perdi todo o ânimo e todo o sentido da vida...

E nesse momento eu precisaria ser forte... Mas sou tão fraca que não consigo ajudar as pessoas que são importantes na minha vida.

Por que sinto-me sufocada?

Suores, taquicardia, ansiedade...

Ninguém acredita em mim.

Lágrimas... Tudo reprimido em nome do comportamento e do não dar trabalho.

Estou em uma prisão...

Não posso cansar as pessoas, elas têm suas vidas.

Já pensei no pior hoje, ontem. Gostaria de alguém para segurar a minha mão e falar que vai passar, sem ter aquele olhar de que eu sou a pior pessoa do mundo.

Sinto como se fosse dar o último suspiro....

Julgamentos...

E ninguém nunca entenderá a minha angústia.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Combo - Livro & Filme - O Jardim de Cimento

Livro da semana – O Jardim de Cimento

O livro que tenho é da:
Companhia das Letras [Companhia de Bolso]
Ano: 2009
ISBN: 9788535915105
Número de páginas: 136
Autor: Ian McEwan (trad. Jorio Dauster)
Preço-faixa: 20,50 (+frete)


Ian MacEwan [Aldershot, Inglaterra, 1948] é considerado um dos grandes nomes da literatura inglesa e atual. Seus livros impressionam pela narrativa seca, sem eufemismos, mostrando situações cruéis através de fortes apelos visuais.

McEwan é um escritor sombrio, com enredos que mostram cenários inusitados e complicados, mas esses não estão ligados ao gênero bizarro.

O Jardim de Cimento é seu primeiro romance. Lançado em 1978, chamou a atenção da crítica pela história de uma desconstrução familiar feita de maneira sufocante e trágica.

Trata-se de uma família cujo progenitor morre repentinamente, deixando inacabado um jardim de cimento que há muito tentava terminar. O livro começa com a chegada de vários sacos de cimento à casa da família, o que gera muita discussão entre pai e mãe. O personagem que narra a história chama-se Jack – é através de seus olhos e de suas palavras que podemos visualizar aquele pequeno mundo - um clã isolado e sem parentes. O resto da família é composto por seus três irmãos – o pequeno Tom, Sue e Julie. Esta última mostra-nos um despertar sexual jovial, cheio de cores que aspiram por prazeres moldados na libido adolescente.

Após a morte do pai, a mãe assume o controle da família. Porém por pouco tempo. Sua morte acontece pouco depois, o que leva o leitor a um novo confrontamento e a um dilema familiar – sem parentes, os irmãos seriam separados e colocados em orfanatos. Isso os obriga a enterrar a própria mãe [mais uma vez o cimento está presente] no porão de casa e a viver da renda que esta deixa em um banco.

É nesse ponto que, talvez, Ian MacEwan faça jus ao apelido que ganhou – Ian Macabro. A narrativa não é complexa, porém cruel. Leva-nos ao inimaginável, a sensações e descobertas socialmente inaceitáveis.

É um livro pequeno, de palavras claras e objetivas. Confeccionado em tons de verão, com nuances de abafadas tardes escaldantes.

Depois de ler esse livro, querido (a) leitor (a), sua percepção sobre ingenuidade e moralismo será confrontada, levando-o (a) a questionamentos básicos sobre o certo e o errado. O Jardim de Cimento não choca ou fere – apenas mostra o convencional sendo desconstruído e transformado em uma realidade de sobrevivência e amor instintivo.

Crítica da semana: O Jardim de Cimento (The Cement Garden)/1993

O Jardim de Cimento mostra-nos a desconstrução de uma família – mortes, descobertas, sensações, novos modos de viver e sobreviver. Podemos julgar dois jovens irmãos por optarem pelo socialmente inaceitável a fim de protegerem o que resta da sua unidade familiar?

O Jardim de Cimento (The Cement Garden/França/Alemanha/Reino Unido/1993) é a adaptação para o cinema do livro homônimode 1978 de Ian McEwan.

O filme mostra uma família inglesa, sem parentes, composta pelos pais e quatro filhos. O clã sofre um grande impacto quando o pai morre e em seguida ocorre a morte da mãe. Os dois irmãos mais velhos optam por enterrar a genitora no porão de casa e assim manter a unidade familiar – com novos valores e com uma nova estrutura.

Aqui temos mais uma vez a dificuldade em adaptar um livro para o cinema – pois há uma classe que quase sempre sai muito insatisfeita – os leitores.

O livro tem uma riqueza de detalhes peculiar – pode-se até visualizar as cores e os tons dos cenários. A primeira impressão causada pelo filme é de que há alguma coisa errada exatamente nisso – eles precisavam ser tão sufocantes [amarelos demais, cinzas demais]?

O personagem principal, narrador em primeira pessoa, é Jack. No livro, Jack é um menino envolvente. No filme, o ator que o interpreta, Andrew Robertson, não se encaixa, passando insegurança e até mesmo o desconforto de estar ali. Sinéad Cusack (mãe) e Hanns Zischler (pai) estão bem, assim como Alice Coulthard e Ned Birkin como os dois irmãos mais novos, Sue e Tom. Jochen Horst, que interpreta o namorado de Julie, atua sem maiores destaques. E quem rouba a cena [e salva o filme] é a maravilhosa Charlotte Gainsbourg, interpretando Julie, a irmã mais velha. Podemos ver toda a sexualidade e libido adolescente descritas no livro.

O filme peca pela falta de ousadia. Tirando Charlotte Gainsbourg, é uma película débil e desconfortável, muito diferente da proposta visceral de Ian McEwan.