segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Cruz

Odeio minúcias, trabalhos domésticos, manias de assepsia. Tudo contado, minimalista, cheio de opressão, regras, mesquinharias e maldade.

Assim é por perto. A vida toda foi assim. E, agora, muito pior.

Todo os dias são de má sorte e a vida é ruim, sem brio e sem esperança.

Acidentes que acontecem dentro de casa por pouca coisa e trazem a desgraça e a tristeza; pessoas que entram, invadem o espaço e alma, acusam, desdenham e carregam toda a negatividade e o fardo pesado de um mundo horroroso e sombrio.

[raiva, rancor... Um poço de lama!]

O amor não existe [para alguns, sim, afortunados!].

Eu só queria desaparecer.

Quem sabe virar um raio de luz...

Muitos desejam morrer. Porém, como idiotas, ainda restam-lhes fé no amanhã. E esse [dia após dia] nasce com um Sol enegrecido, trazendo os piores sentimentos. 

Estamos no limbo, vendo a vida passar, sufocante, acusadora, pecadora e não há nada que se possa fazer para amenizar a dor.

[Prevejo dias de imensa tristeza e pesar.]

Viver é a pior arte, sarcástica, tóxica e agressiva.

Não há dinheiro e nem para onde ir. Estou presa... E todas as cores apagaram-se. 

Vida maldita!

E, no final das contas, é a única coisa que é realmente minha.

Não tenho nada além dela. 

E, disso, estou longe de vangloriar-me.

Porque essa é a minha cruz e também o meu calvário.

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