quarta-feira, 22 de julho de 2015

O som das águas (O son das augas)*

"Abriu-se uma porta... Era um novo mundo distante deste tão cheio de amarguras incuráveis, de sangue vívido, de pudores e mais vergonhas. Não há mais motivo para esconder a minha própria face. Todas as lembranças esvaíram-se e todos foram esquecidos. Uma nova vida avança, utópica, cristalina e tão reluzente como brasa incandescente. É a tranquilidade dos cantos da aurora. 
Sim... É só um sonho longínquo desse tempo que vivo. E dele alimento-me para sobreviver dia após dia. Teci uma colcha com meus desejos. Esta agora recobre minha alma ainda ferida."


Por entre migalhas caminhei
E não mais hei de usá-las
Meu canto triste guardei
E dele fiz águas passadas.

Verde arboreto com pedras
Um caminho novo, sim!
É delas feita uma orquestra
Com notas em sol carmim.

Tilintar de gotas diamantes
Alvejantes
Entre dois amantes.

Não há mais dor
E muito menos dissabor
És teu tempo, óh, Amor!

                                                       Por T.S. Frank

*Frase em galego para 'som das águas'. É também título de uma das faixas mais bonitas do álbum de 2007, Camiños Da Fin Da Terra, do grupo galego Luar Na Lubre. 

2 comentários:

  1. Boa tarde! Esta poesia de T S Frank, é como se fosse uma letra do son das aguas? Lindo, tudo!

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    1. Sim... Para ser lido com essa canção como trilha sonora. Obrigada pelo elogio!!

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Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!