quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Vida perdida...

Teu rosto, agora
 - Tão forte
 - Tão belo...
Lembra-me da vida
Que nunca tive.

Teu sorriso
Mostra-me
O último vislumbre
Da vida
Que perdi.

Se pudesse amar-te novamente
Não hesitaria
Em doar-me...

Agora sou folha morta...
Esperando lentamente
Pela partida.

Ventos de agonia...
Não sou mais do que o pó...
Do resto dos sentimentos
Do outros.

Se pudesse
Ainda acreditar
No ato de viver
Não hesitaria...
Em doar-me
Completamente
Em silêncio
Delicadamente
E devagar.

Por T.S. Frank


2 comentários:

  1. a propósito das fraturas do tempo que, entre presente e passado, nos definem o rosto, ocorreu-me, do outro lado da escrita:

    "remanesce o corpo
    tombado sobre o movimento
    e todas as mortes que os habitam;
    na vida
    nenhum deles ousa confiar."

    beijinho grande!

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Querido (a) leitor (a), obrigada por ler e comentar no Café Quente & Sherlock! Espero que tenha sido uma leitura prazerosa. Até a próxima postagem!