quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por que sempre chove em mim?

Um grupo escocês chamado Travis gravou uma música que diz muito sobre tristeza - Why Does It Always Rain On Me? (Por que Sempre Chove em Mim?). Ela fala exatamente desse sentimento que, em muitas pessoas, insiste em estar presente como uma dor crônica, lembrando que a vida é, muitas vezes, cheia de dissabores.

Escutando essa música novamente, senti-me transportada para um cenário nublado, de inquietudes, dúvidas e lágrimas. Eu prometi a mim mesma tentar apenas levar a vida enquanto os planos importantes não tornam-se verdades. Porém... E se esses planos nunca se concretizarem? O que realmente valeu até agora? Fico pensando nas pessoas que tiveram a sorte de ver seus sonhos tornarem-se realidade e que possuem a tranquilidade sem ter que se preocupar com as circunstâncias impostas.

[...] Dias de sol
para onde vocês foram?
Eu tenho a estranha sensação de que vocês não voltam
Por que sempre chove em mim?
Será que é por que eu menti quando tinha 17 anos?
Por que sempre chove em mim
Mesmo quando o sol brilha,
não posso evitar os raios
Não posso me suportar
Estou sendo segurado por homens invísiveis
Deixo minha vida numa concha
Quando penso em outras coisas [...]
(trecho de Why Does It Always Rain On Me?)

Muitas delas não sabem o que é sentir medo e angústia do futuro e usam a expressão mal agradecido precipitadamente. Ser julgado assim é como ter cada vez menos ar ao redor. No fundo, a fragilidade é tamanha que necessita-se de proteção, então muros são erguidos.

Quando se é ferido de várias formas, a única solução é construir uma cúpula sólida e resistente. Não espera-se que alguém quebre os muros de forma avassaladora; é desejado que portas sejam construídas e atravessadas. E isso deve ser feito de forma cuidadosa e cautelosa. Qualquer movimento brusco pode resultar em milhões de pedaços.

É uma vida incerta, insegura e cheia de lacunas. Assim que planos para o futuro brotam, o mais importante, no presente, são os detalhes e aqueles gestos que fazem você sorrir e sentir que o ar voltou.

Agora a tristeza está presente e a música do Travis toca incessantemente em minha mente. Olho ao redor e não vejo as luzes no final do túnel. Será que ainda estou na metade do caminho e preciso enxergar muito ainda? Baixar a retaguarda e até mesmo diminuir o muro?

Gostaria, nesse momento, de sentir aquela sensação de leveza, de confiança, de incentivo e de felicidade.

Queria que tudo fluísse. Preciso ouvir aquela voz do outro lado da linha, todavia dizendo que vai dar certo e, que de agora em diante, tudo será simplesmente descomplicado.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Crítica da semana: Minha Bela Dama (My Fair Lady)/1964

O CQ&Sherlock retorna. É muito bom escrever novamente.

Minha Bela Dama é tão agradável que as horas passam voando. Não há complexidade. E quem precisa dela quando se tem um conto de fadas tão rico e delicioso com Audrey Hepburn sendo uma espevitada, atrevida e engraçada Cinderela? 

Um mundo dividido entre o sombrio e o colorido, a pobreza e a riqueza - é assim que começa Minha Bela Dama (My Fair Lady/EUA/1964). Mas não há nada de triste, penoso ou melancólico nesse cenário.

Entre a saída dos elegantes convidados do teatro e a passagem para as ruas sujas e escuras de Londres, eis que nos é apresentada a simpática vendedora de flores Eliza Dolittle - com seu jeito rude e ao mesmo tempo encantador. E com uma palavra errada aqui e outras tantas acolá, ela é observada atentamente pelo professor de linguística Henry Higgins. A partir desse encontro, a magia do filme começa, acompanhada sempre de uma combinação de cores incríveis e músicas gostosas de ouvir.

Não há como não ficar apaixonado pela história. Eliza será a aluna mais indisciplinada e rebelde da vida de Higgins. Qualquer professor de etiqueta e bons modos ficaria louco com semelhante criatura, todavia Henry, juntamente com seu amigo, Coronel Pickering, aceita o desafio de transformar Eliza numa dama elegante e charmosa.

Muito do filme se deve a química perfeita de Audrey Hepburn (Eliza) e de Rex Harrison (Higgins). Não deixando de fora a atuação de Wilfrid Hyde-White (Pickering). A outra parte fica por conta das músicas agradáveis e alegres.

O filme faturou 8 Oscars, inclusive o de Melhor Filme e Melhor Diretor (George Cukor). E figura entre os mais aclamados musicais.

Agora que vivemos o cinema do 3D, da exposição sem talento, das produções milionárias e sem conteúdo e de musicais para adolescentes histéricos, é uma ótima ver Minha Bela Dama. Você pode não ter vivido essa época, assim como eu, contudo vai ter uma noção do quanto o cinema perdeu em qualidade e boas histórias nesses últimos tempos.

Trailer - Minha Bela Dama



terça-feira, 21 de setembro de 2010

Por partes e aos poucos...

Olá, meus queridos leitores (as)!

A ausência tem feito parte desse blog. A falta de tempo, o mau-humor, empecilhos e tudo o mais consomem aqui essa humilde pessoa.

Tentarei não demorar tanto para postar algo.

Eu nem sei o que escrever agora. Preciso concentrar-me e ver qual assunto seria pertinente. Ultimamente o mais interessante tem sido mesmo vasculhar minúcias acerca da série Sherlock da BBC.

Há muitos assuntos para serem discutidos, eu sei... Prometo que trarei um ponto interessante.

E continuo com a velha frase do Sagan:

"Somos todos pó de estrela."

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cotidiano...

É... Uma sumidinha básica, não é mesmo, caro (a) leitor (a)? Porém estou aqui de volta.

Tudo continua do mesmo jeito. Só resolvi que agora vou levar a vida. Minhas metas são para ano que vem, então, por que criar rugas precoces? Vou sorrir de tudo... Até mesmo de um gnomo verde de jardim.



As novidades ficam por conta das aulas de inglês no Wizard.


Comprei mais um Ray-Ban Aviator, dessa vez é o clássico, tradicional, melhor conhecido como óculos de caminhoneiro ou aquele lá do Tom Cruise em tempos áureos. É lindo.



E a vida segue.